O que é a verticalização dos planos de saúde?

Por

Thiago Torres

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Thiago Torres

Publicado em

29/9/21

Você tem ou conhece um plano de saúde que, além do plano, ele oferece exames de imagem ou conta com uma clínica, um laboratório ou hospital próprio? 

Isso é cada vez mais comum no Brasil e, empresas que ofereciam apenas um tipo de serviço, tem se tornado verdadeiros complexos integrados de saúde na chamada verticalização dos planos de saúde ou verticalização da saúde.

Sendo assim, além do plano, essas organizações oferecem atendimento de urgência e emergência, laboratórios de análises clínicas, pronto-socorro, entre outros. Essa expansão e abrangência de atuação não é algo novo, mas um modelo de negócio que vem crescendo nos últimos anos.

Neste artigo, vamos explicar como a verticalização funciona, qual o impacto para os serviços de saúde suplementar, se há implicações para os usuários desses serviços, entre outras informações. Se interessou pelo tema? Então, aproveite a leitura!

Neste conteúdo, você vê:

Afinal, o que é a verticalização da saúde?

A verticalização dos planos de saúde ocorre quando as operadoras investem em estruturas próprias e integradas de serviços, como o caso do plano de saúde que também oferece unidades de pronto-socorro.

Porém, existem várias formas de investir nesse modelo de negócio. Outro tipo de verticalização que destacamos é quando os hospitais passam a oferecer seus próprios planos de saúde. Especialistas da área ressaltam que isso é feito para manter os serviços reunidos, sob domínio da mesma companhia. 

Para tornar o entendimento mais claro acerca do termo “verticalização”, imagine um prédio em que cada andar é uma área específica dos serviços oferecidos por uma organização.

No primeiro andar temos o atendimento médico, no segundo, o laboratório de medicina diagnóstica, no terceiro a operadora de planos de saúde e no quarto um hospital. Juntos, esses serviços compõem uma integração vertical de negócios de uma mesma empresa. 

Porém, nesse processo é comum haver fusões e aquisições de empresas para que o modelo seja melhor estruturado e consiga se desenvolver melhor com a junção das marcas, dos investimentos ou de outro tipo de capital proveniente das envolvidas.

Por que as empresas estão investindo em verticalização?

Nos últimos anos, o objetivo de empresas de diversos segmentos tem sido otimizar e facilitar o acesso aos seus produtos e serviços pelos clientes. Com a vinda da pandemia essa necessidade se tornou ainda mais evidente, sendo bastante percebida pelas empresas da área da saúde.

Com o desejo de simplificar os processos e alcançar novos mercados, organizações por todo o país têm investido em negociações que envolvem fusão e aquisição, sendo a verticalização um desses braços mais necessários para o contexto atual.

Com isso, a abrangência de mercado tende a favorecer não só a margem de lucros das companhias — inclusive, ganhando mais aportes de investidores —, como oferecer um modelo de serviço de saúde mais próximo e acessível aos usuários.

Qual o impacto disso para a saúde suplementar?

Como em todos os processos que envolvem negócios e serviços, a verticalização tem seus prós e contras, e o melhor entendimento se isso é bom ou ruim tanto para as empresas quanto para os usuários da saúde suplementar vai depender das necessidades individuais.

Como o nosso objetivo é informar sobre o funcionamento desse modelo de negócio, que tem se expandido cada vez mais na área da saúde, selecionamos as vantagens e desvantagens da verticalização, de modo abrangente. Confira:

Vantagens da verticalização 

  • Redução de barreiras para oferta e execução dos serviços de saúde: A verticalização pode permitir que uma empresa de saúde controle mais eficientemente a cadeia de fornecimento de serviços de saúde, reduzindo barreiras e tornando a entrega de serviços mais eficiente.
  • Aumento do poder de mercado para as empresas: Ao controlar vários aspectos da cadeia de fornecimento de saúde, as empresas podem aumentar sua influência no mercado. Isso pode resultar em melhores termos de negociação com fornecedores e maior poder de precificação.
  • Maior autonomia para a empresa em sua precificação: Com controle total sobre os custos de fornecimento de serviços de saúde, as empresas podem ter maior flexibilidade na precificação de seus serviços.
  • Maior proximidade e foco nas demandas do usuário: A verticalização pode permitir que as empresas respondam com mais agilidade às necessidades dos pacientes, fornecendo serviços de saúde mais personalizados e eficientes.
  • Agilidade na assistência ao cliente: Ao controlar todas as etapas do processo de fornecimento de serviços de saúde, as empresas podem tornar a assistência ao cliente mais ágil e eficiente.
  • Aumento do poder de negociação: Empresas verticalizadas podem ter maior poder de barganha com fornecedores e prestadores de serviços, resultando em custos mais baixos.
  • Oferta de um atendimento multidisciplinar e com uma visão holística do paciente: A verticalização permite que as empresas de saúde ofereçam uma abordagem mais integrada e holística para o atendimento ao paciente, o que pode resultar em melhores resultados de saúde.
  • Padronização do atendimento em todas as esferas da marca: A verticalização pode permitir que as empresas padronizem os serviços de saúde que oferecem, garantindo uma experiência consistente para os pacientes.
  • Economia para os clientes, com menos intermediários nos serviços oferecidos: Ao eliminar intermediários, a verticalização pode resultar em economia para os clientes, tornando os serviços de saúde mais acessíveis.

Desvantagens da verticalização

  1. Menor flexibilidade para os usuários escolherem profissionais: A verticalização pode limitar a capacidade dos pacientes de escolher seus prestadores de serviços de saúde, já que a empresa controla todos os aspectos do fornecimento de serviços de saúde.
  2. Rede credenciada restrita: Com a verticalização, os pacientes podem ter acesso a uma rede de prestadores de serviços de saúde mais restrita, o que pode limitar suas opções de escolha.
  3. Possibilidade de ser considerado um monopólio dos serviços de saúde: Se uma empresa controla todos os aspectos do fornecimento de serviços de saúde, isso pode resultar em uma situação de monopólio, o que pode ser prejudicial para a concorrência e para os consumidores.

O sistema de saúde verticalizado favorece a sustentabilidade financeira do setor de saúde?

A verticalização pode favorecer a sustentabilidade financeira do setor de saúde. Isso ocorre porque a verticalização permite às organizações de saúde controlar mais eficientemente os custos em todas as etapas do processo de atendimento ao paciente. 

Além disso, a verticalização pode levar a economias de escala, que ocorrem quando o custo por unidade de um bem ou serviço diminui à medida que a quantidade de produção aumenta.

No entanto, é crucial que a verticalização seja implementada de maneira responsável e ética, garantindo que a competição, a escolha do paciente e a qualidade do serviço não sejam prejudicadas. Para garantir isso, é indispensável um diálogo aberto e transparente entre a sociedade, os prestadores de serviços, as operadoras e o governo.

O que muda para o beneficiário do plano?

Diante dos pontos positivos e negativos vistos anteriormente, podemos dizer que empresas beneficiárias de plano de saúde, e que investem na verticalização, podem oferecer melhores condições aos contratos dos beneficiários

Isso é possível, pois, como vimos, as barreiras na oferta dos serviços são reduzidas nesse modelo de negócio. 

Além disso, pode acontecer de o plano limitar a assistência ao usuário, restringindo suas possibilidades de escolha. 

Isso quer dizer que, provavelmente, a empresa verticalizadora oferecerá cobertura apenas quando os serviços forem realizados internamente, dentro do seu complexo. Do contrário, a cobertura do plano não será abrangente ou aceita em outros locais, e o usuário terá de arcar com custos externos.

No entanto, isso varia de acordo com as políticas internas e da modalidade do plano escolhido pelo cliente, inclusive dos planos de saúde empresariais. Por isso, é sempre importante escolher uma empresa que atenda às suas necessidades.

Ainda, é fundamental tirar todas as dúvidas, ler atentamente o contrato do plano de saúde e contar com especialistas que estejam atentos e disponíveis para te orientar quando necessário. Afinal, uma contratação errada ou feita sem planejamento pode causar muita dor de cabeça no futuro, certo?

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