Setembro amarelo e saúde mental: qual o papel das empresas?

Por

Larissa Reis

Por

Publicado em

10/9/21

Já ouviu dizer que o Brasil é o país mais ansioso do mundo?  Essa informação é uma das que nos leva a falar sobre o Setembro Amarelo.

Não é novidade que a saúde emocional dos colaboradores tem chamado a atenção das empresas. Durante a pandemia, os níveis de estresse e cansaço emocional aumentaram, tornando esse assunto ainda mais relevante.

Todo dia é dia de cuidar dar atenção a essas questões, que podem levar a problemas de diferentes níveis, até o mais grave de todos: o suicídio. Continue a leitura e participe dessa importante reflexão!

Neste conteúdo, você encontra:

O que é Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio que ocorre principalmente por meio da informação e conscientização da população em geral.

O movimento existe desde 2014 e foi criado em uma parceria da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com o Conselho Federal de Medicina (CFM). As ações acontecem durante o ano inteiro, mas de forma mais intensa em setembro.

O mês conta ainda com o Dia Nacional de Prevenção ao Suicídio, sempre no dia 10.

A cada ano, um tema específico é definido para nortear a campanha e, em 2021, os responsáveis optaram por destacar que "agir salva vidas".

Por que a cor amarela?

Talvez você já tenha reparado que campanhas marcadas por um mês têm também uma cor definida. O exemplo mais conhecido provavelmente é o do Outubro Rosa.

As cores não são escolhidas aleatoriamente. No Setembro Amarelo a escolha é uma homenagem a Mike Emme. Um adolescente americano de 17 anos que morreu por suicídio, em 1994, dentro de seu Ford Mustang 1968 de cor amarela.

Emme tinha dificuldade em falar de seus problemas e pedir ajuda. Após sua morte, seus pais, Dale e Darlene, distribuíram cartões com fitas amarelas para todos os que foram ao enterro.

O caso de Mike ganhou repercussão e, desde então, campanhas de prevenção ao suicídio mundo afora usam a cor amarela.

Qual a importância da campanha?

Mike Emme não gostava de falar sobre seus problemas, tampouco sobre suas ideações suicidas. O tema ainda é tabu para muita gente, mas o que os especialistas indicam é que é preciso falar sobre saúde mental.

Segundo dados do site oficial do Setembro Amarelo, são registrados mais de 13 mil suicídios no Brasil todos os anos. Ainda, "cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias".

Assim, a campanha é importante para que conheçamos a realidade e, sobretudo, os caminhos para mudá-la e evitar que mais mortes por suicídios aconteçam.

O papel das empresas no cuidado com a saúde mental dos colaboradores

A saúde mental é uma questão muito individual, mas isso não significa que deva ficar restrita à vida pessoal. O que acontece com uma pessoa a afeta em diferentes esferas, inclusive no trabalho.

Vale ressaltar também que podem ser justamente situações profissionais a desencadear sofrimentos mentais em alguém.

O Setembro Amarelo nas empresas remete à responsabilidade que o empregador tem de criar ambientes saudáveis para o trabalho, considerando que a saúde mental impacta a qualidade de vida dos colaboradores.

Nesse contexto, é importante lembrar que não falamos apenas de depressão e ansiedade. O burnout também é uma questão de saúde mental e nos lembra da importância da divisão correta de tarefas e outras ações que evitem sobrecarga.

O clima organizacional favorável, com lideranças que nutram um bom relacionamento com suas equipes, também é fundamental.

Orientar a criação desse ambiente é algo que envolve a gestão de pessoas desde processos como recrutamento e seleção, até o dia a dia na definição e disseminação da cultura organizacional.

Como o RH pode identificar colaboradores com saúde mental fragilizada

É importante para as pessoas e para o RH ter em mente que questões mentais são sinais de possíveis doenças; não são frescura e vale dar atenção.

Uma forma de identificar um colaborador com ansiedade e depressão, ou outro tipo de sofrimento, é analisar seu humor, nível de sociabilidade e desempenho.

Tenha em mente que, segundo a Organização Mundial da Saúde, esse problemas tendem a causar uma perda de US$ 1 trilhão na economia mundial anualmente.

Esse é um indicativo claro de como a saúde mental fragilizada afeta a capacidade produtiva e resultados ― além de poder causar afastamentos frequentes ou prolongados.

Ações para incentivar o cuidado com a saúde mental no trabalho

Lembra-se de que mencionamos a cultura organizacional? A cultura define o que a empresa é, inclusive por orientar as condutas de seus colaboradores.

Por isso, cabe ao RH escolher, junto a alta-gestão e lideranças, o que pode fazer parte da realidade da empresa visando a saúde mental. Algo que deve ser constante, já que Setembro Amarelo é pontual, mas o cuidado não.

Aqui vão algumas dicas:

Cuide do clima organizacional

Um clima organizacional saudável existe quando os colaboradores se sentem à vontade na empresa, o que inclui não só a adequação de suas funções, como a qualidade dos relacionamentos.

É um fator que evita estresse, ansiedade e outros sofrimentos mentais que podem evoluir para casos clínicos.

Mantenha canais de comunicação ativos

Dando sequência ao raciocínio, esse clima é positivo e faz com que Setembro Amarelo não exista só em setembro, quando canais de comunicação existem e promovem acolhimento.

Os colaboradores precisam se sentir à vontade para falar sobre seus problemas de saúde mental no trabalho. Não é necessário que seja uma conversa aberta para todos, mas essa troca tem que existir ainda que em fóruns privados.

Ofereça benefícios em saúde

A oferta de planos de saúde é um diferencial interessante para a saúde mental dos trabalhadores. Além de garantir acesso a atendimentos diversos, dá a cada um a tranquilidade de não precisar se preocupar com esse custo.

Outra possibilidade de benefício considera mais de perto a personalização com base nos interesses dos colaboradores da empresa. É interessante, por exemplo, fazer parcerias que ofereçam serviços que favoreçam a saúde mental.

A saber, até a prática de exercícios físicos é válida. Com isso, um vale-academia é um exemplo de incentivo ao cuidado com o corpo que tem reflexo positivo na mente.

Ginásticas laborais também são uma opção interessante.

Conclusão

Ainda que a possibilidade do suicídio seja real para muitas pessoas e que casos de maior gravidade mereçam atenção urgente, não é só a eles que as organizações devem voltar suas atenções.

O Setembro Amarelo existe para prevenir mortes por suicídio e para conscientizar. Enquanto sociedade, acolher pessoas com sofrimento mental ― inclusive no mercado de trabalho ― é fundamental para criarmos uma realidade mais favorável para a sua recuperação.

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