Gente, Gestão & Futuro 2025: O que as maiores lideranças de RH do país estão debatendo?

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Pipo Saúde

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Publicado em

8/10/25

O papel da liderança de RH nunca foi tão complexo e, ao mesmo tempo, tão estratégico. Entre a aceleração trazida pela inteligência artificial, as novas demandas por saúde e bem-estar e a constante necessidade de inovar na gestão de pessoas, manter a competitividade exige mais do que conhecimento: exige prática e conexão.

Foi com esse objetivo que a Pipo Saúde promoveu o Gente, Gestão & Futuro 2025, um evento exclusivo que se consolidou como o principal ponto de encontro para líderes de RH no Brasil. Na terceira edição, o GG&F reuniu mais de 400 lideranças para um dia de debates sobre os temas que estão moldando o futuro do trabalho, com o patrocínio de empresas como o iFood Benefícios e Vidalink.

Neste artigo, compilamos os principais insights e aprendizados do evento, com base nas discussões com especialistas que vivem os desafios da gestão de pessoas no dia a dia. Vamos lá?

O CHRO como conselheiro estratégico na mesa de decisões

Um dos temas centrais do evento foi a evolução do RH de uma área operacional para um parceiro estratégico do negócio. E foi com essa provocação que aconteceu o primeiro painel, mediado por Thiago Torres, VP e co-fundador da Pipo Saúde, com Bruno Junqueira, CHRO da Petlove, Luiz Felipe Massad, CHRO da Omie e Flavio Pesiguelo, líder do comitê de pessoas da Dengo Chocolates.

A mensagem principal da discussão e que deve moldar o objetivo de CHROs daqui pra frente é de o papel exige, hoje, a capacidade de traduzir o valor das pessoas em métricas de negócio e ROI.

Historicamente, o RH precisava lutar por seu espaço, mas hoje a afirmação vem por meio de dados. O CEO está focado no retorno sobre o investimento e cabe à liderança de RH comprovar suas ações com números e não achismos. Ao abordar o burnout, por exemplo, não basta falar em absenteísmo; é preciso mostrar como isso impacta a receita da empresa.

Outro ponto importante foi sobre a atuação do CHRO como arquiteto da mudança, responsável por preparar a empresa para o sucesso e os desafios do desdobramento das  estratégias. Isso significa provocar o sistema e articular a empresa para que ela esteja pronta para as transformações, como a transição para um modelo de negócio digital em uma estrutura tradicionalmente hierárquica.

Painel com participação de Bruno Junqueira, CHRO da Petlove, Luiz Felipe Massad, CHRO da Omie, Flavio Pesiguelo, líder do comitê de pessoas da Dengo Chocolates e Thiago Torres, VP e co-fundador da Pipo Saúde

Inovação, IA e a jornada dos jovens talentos

Inovação deve ser um dos pilares do RH e, por isso, também foi um dos temas centrais do Gente, Gestão & Futuro 2025, com Michel Mendes, HR no iFood e Deborah Abi-Saber, VP de Pessoas no QuintoAndar como representantes do tema.

Michel trouxe uma provocação importante sobre o RH adotar uma visão de "produto" para a agenda de benefícios. Isso implica em uma imersão para entender as dores e necessidades dos colaboradores, desenhando um pacote de benefícios flexível e valioso, assim como um "gerente de produto" faria. 

Ele também destacou que a inovação não precisa ser grandiosa, pelo contrário: ela deve começar com projetos menores, como "jetskis", que podem gerar um impacto gigante e transformar a área. É importante pensar a IA como uma aliada fundamental para otimizar tarefas operacionais, permitindo que o RH se concentre em agendas de maior impacto, como desenvolvimento de lideranças e planejamento de sucessão.

Já Deborah trouxe um outro viés para a discussão: a jornada de jovens talentos na era da IA. Contrariando o receio de que a tecnologia diminua vagas de entrada, ela argumenta que os jovens são aceleradores da mudança, pois já trazem a mentalidade da IA em sua forma de trabalhar.

A estratégia mais sustentável é "desenvolver em vez de comprar", apostando na formação interna para evitar a inflação salarial do mercado de profissionais de IA, segundo ela.

Outro ponto importante foi a mudança de mentalidade de "cultural fit" para "cultural add”, um conceito que entende cultura como mutável e que novas pessoas adicionam à cultura ao invés de apenas se adaptarem a já existente.

As novas gerações forçam as empresas a evoluir, e o RH deve estar aberto para entender as novas formas de trabalhar que os jovens propõem, afinal, elas podem ser muito mais eficientes.

Palestra ministrada por Deborah Abi-Saber, VP de Pessoas da QuintoAndar

Bem-estar e saúde mental como pilares estratégicos

Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde mediou um painel estratégico com Mariana Ferrão, CEO da Soul.me e comunicadora, e Gustavo Locatelli, professor de saúde mental e head de saúde global, para falar sobre a visão de produtividade das empresas e saúde mental.

A ideia de que a produtividade, hoje, está ligada à capacidade de inovar e um colaborador sobrecarregado não consegue criar foi o ponto principal da discussão. Por isso, o bem-estar deve, mais do que nunca, ser um aliado direto da produtividade.

Os dados da Pesquisa de Benefícios 2025 da Pipo Saúde confirmam essa tendência. Os investimentos em saúde mental e bem-estar cresceram 20% em relação ao ano anterior, e 59% das empresas já oferecem iniciativas voltadas à saúde mental.

A discussão também apontou que o engajamento em iniciativas de saúde ainda é muito impulsionado pela "dor", seja ela pessoal ou a "dor do resultado" na empresa, como o aumento de afastamentos. As empresas precisam inverter essa lógica, criando engajamento pelo pertencimento e por um ambiente de trabalho com menos competição e mais colaboração.

Ainda na temática sobre saúde mental, Arthur Geise, Diretor Médico na Pipo Saúde, abordou o aumento do consumo de medicamentos para saúde mental pela Geração Z no painel com Luiz Gonzalez, CEO da Vidalink. 

Ele reforçou a visão de que isso não deve ser visto como fragilidade, mas como um movimento de "early adopters" de uma nova cultura que questiona valores estabelecidos, o que naturalmente gera atrito e sofrimento.

Painel com participação de Mariana Ferrão, CEO da Soul.me e comunicadora, Gustavo Locatelli, professor de saúde mental e head global de saúde e Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde

Diversidade e pertencimento como alavanca de negócios

Gabriela Augusto, fundadora da Transcendemos e Hóttmar Loch, CEO da NohsSomos deixaram claro que diversidade e inclusão são uma estratégia de negócio, não apenas uma pauta social. 

A estratégia de D&I deve estar ligada a resultados financeiros em três frentes: cultura organizacional (evitando custos com assédio), novos negócios (conectando-se com clientes diversos) e segmentação de mercado (atendendo a populações como a Geração Z, onde 34% se identifica como LGBTQIA+ no Brasil).

Vale ressaltar que, embora exista um movimento conservador nos EUA, o contexto brasileiro, com sua maior diversidade demográfica, exige uma aceleração das pautas de D&I - e não o contrário. Para gerar inovação, é preciso diversidade e o desconforto que ela provoca, transformando a fricção em criatividade.

O futuro da diversidade e inclusão nas empresas está em transformar colaboradores de uma audiência para uma comunidade, o que gera segurança psicológica e pertencimento.

Painel com participação de Gabriela Augusto, colunista e fundadora da Transcendemos e Hóttmar Loch, colunista e CEO da Nohs Somos

O RH no centro da estratégia

O Gente, Gestão & Futuro 2025 reforçou que o setor de RH está em uma posição cada vez mais estratégica e analítica. Os debates deixaram claro que temas como inteligência artificial, bem-estar, saúde mental e diversidade não são mais tendências, mas sim pilares fundamentais para a sustentabilidade e o sucesso dos negócios.

Para as lideranças de RH, o desafio é traduzir essas pautas em valor para o negócio, provando com métricas e ROI o impacto positivo de uma gestão de pessoas mais humana, inovadora e estratégica. Assim como aponta a edição de colaboradores da Pesquisa de Benefícios 2025 da Pipo Saúde, a saúde dos funcionários é a peça central da estratégia das empresas e as gerir exige dados, previsibilidade e decisões personalizadas.

Acesse o estudo na íntegra e complemente a sua estratégia de benefícios.

Pesquisa de benefícios 2025: edição de colaboradores

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