Você já deve saber que tem um vírus novo por aí e que precisamos estar atentos não só à Covid, mas também à Influenza H3N2.
Por todo o Brasil, o acontecimento e o aumento de casos da "nova" gripe estão sendo relatados e dúvidas não param de surgir. Que vírus é esse? Quais as diferenças para os sintomas da Covid? A vacina contra a gripe protege?
Neste post, nos propomos a responder a essas e outras questões sobre essa influenza para que você saiba como se proteger. Confira!
Neste conteúdo você vê:
- O que é Influenza?
- Por que tivemos um surto de gripe nesta época do ano?
- Quais são os sintomas da H3N2?
- Qual a diferença entre H3N2 e Covid-19?
- Flurona: qual o perigo da coinfecção por Covid-19 e H3N2?
- Existe grupo de risco para a nova gripe?
- As vacinas da gripe protegem contra a nova influenza?
- Como se proteger da nova cepa da gripe?
O que é Influenza?
É sempre bom esclarecer que influenza é outro nome dado à gripe, uma infecção viral aguda do aparelho respiratório, capaz de provocar febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo e mal estar.
Vírus passam por mutações e, assim como a H1N1, a H3N2 é um subtipo de influenzavirus A. Esse vírus é um velho conhecido e acredita-se que essa cepa tenha surgido ainda em 1968, embora tenha passado a circular com mais frequência pelo mundo em 2005.
Por que tivemos um surto de gripe nesta época do ano?
Vírus da gripe são sazonais. Assim, o esperado era que a epidemia de Influenza H3N2 não estivesse acontecendo agora aqui no Brasil. Então, o que aconteceu?
Especialistas entendem que a redução das medidas de proteção contra a Covid-19 favorecem o surto, fazendo com que a nova gripe se espalhe em um momento atípico.
O isolamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos estão entre as medidas que reduzem a circulação de um vírus respiratório. Quando os casos de Covid reduziram ― o que é ótimo ― as medidas de restrição foram afrouxadas e, consequentemente, mais pessoas foram expostas ao vírus.
Quais são os sintomas da H3N2?
A "nova" cepa da gripe tem sintomas bem parecidos a outras gripes que já conhecemos, embora sua intensidade possa ser diferente. Veja:
- picos súbitos de febre;
- dor de garganta;
- tosse (geralmente seca);
- secreção nasal excessiva;
- dor de cabeça e no corpo;
- mal-estar intenso.
Ainda, alguns casos de Influenza H3N2 também podem causar episódios de vômito e diarreia.
Em casos mais graves, a "nova" gripe pode desencadear a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cujos sintomas incluem dificuldade para respirar e sensação de peso sobre o peito.
Com base nessas informações, talvez você tenha notado que, em certa parte, essa gripe se parece com a Covid-19.
Antes de falarmos sobre isso, cabe esclarecer: o risco de desenvolver um caso grave em decorrência da H3N2 é menos comum do que em decorrência da Covid.
No entanto, é importante ressaltar que ambas as doenças merecem total atenção.
Qual a diferença entre a H3N2 e a Covid-19?
Atualmente, considerando a forma de atuação da variante dominante, a Covid-19 costuma causar febre, tosse persistente, coriza, espirros, dor de cabeça e dor de garganta.
Assim, é fácil ficar em dúvida e não saber o que os sintomas de fato representam.
Como os sintomas são bastante parecidos, a melhor forma de identificar o que está acontecendo é realizando testes laboratoriais. Confiar somente em um comparativo entre Covid e Influenza H3N2 pode não ser o suficiente.
Vale ressaltar, porém, que o isolamento é recomendado nos dois casos para reduzir a circulação do vírus, ok? Como a identificação é complexa, no aparecimento de qualquer sintoma gripal, opte por se resguardar.
Existe grupo de risco para a nova gripe?
A Influenza H3N2 atinge mais os idosos e as crianças. Por essa razão, esses são os grupos prioritários nas campanhas de vacinação contra a gripe.
Também estão mais vulneráveis pessoas com o sistema imunológico comprometido, com doenças crônicas e pessoas grávidas.
Entretanto, indivíduos de todas as faixas etárias têm risco de contaminação e precisam se cuidar.
Flurona: qual o perigo da coinfecção por Covid-19 e H3N2?
Nas primeiras semanas de 2022 estouraram notícias sobre a coinfecção de gripe e covid-19, apelidada de flurona. E, com o aumento de casos, muitas dúvidas. A seguir, vamos falar um pouco sobre isso.
É importante ressaltar que a flurona não é um novo tipo de vírus ou uma super doença. Os vírus da covid e da gripe são de famílias diferentes e, portanto, não se misturam. São dois vírus diferentes circulando e que causam infecções diferentes.
O que acontece é que quando uma pessoa está infectada por um novo vírus, o mecanismo de defesa do corpo está trabalhando para vencer aquela determinada infecção, deixando o hospedeiro mais frágil a outros vírus.
A coinfecção dos dois vírus já foi detectada durante a primeira onda da covid, mas devido ao isolamento social, a circulação do vírus da gripe não era alta o suficiente para criar um surto.
No entanto, é preciso ressaltar que, segundo especialistas, até o momento não há indicação que a coinfecção gere um quadro mais grave de infecção e que a maioria dos casos são leves.
Não se sabe ainda como os vírus vão se comportar ao longo prazo, por isso não é possível dizer se algum vírus irá se sobressair sob o outro e que tanto os sintomas quanto a duração podem variar de pessoa para pessoa.
As vacinas da gripe protegem contra a nova influenza?
Alguns especialistas consideram que uma baixa adesão à campanha de vacinação contra a gripe no Brasil está contribuindo para o surto de H3N2.
Entretanto, estudos estão indicando que a vacina atual, presente no programa de imunização brasileiro, não protege contra a nova influenza, o que aumenta os riscos para a população. Quem está correto?
Segundo Carlos Magno Fortaleza, infectologista do Hospital das Clínicas da Unesp, as vacinas atuais protegem contra "os vírus de Influenza A H1N1 e H3N2, além de Influenza B".
Porém, existem diferentes subtipos de vírus dentro dessas categorias e o que circula atualmente não responde aos imunizantes. Isso gera um "escape vacinal".
Como os vírus se adaptam rapidamente, essa situação já era esperada e será corrigida, como acontece todos os anos, e as próximas doses dos imunizantes serão capazes de proteger contra a H3N2 completamente.
Como se proteger da nova cepa da gripe?
Enquanto a questão do escape vacinal não for corrigida, devemos buscar medidas não farmacológicas de proteção. A essa altura, você já as conhece bem:
- distanciamento social;
- higienização das mãos;
- uso de máscaras.
Em público
Evitar aglomerações e não abdicar do uso das máscaras vai te ajudar a se proteger tanto contra a Covid quanto contra a Influenza H3N2.
Em casa
Caso alguém esteja com sintomas em casa, é importante minimizar o contato para tentar evitar a transmissão do vírus da "nova" gripe.
Convém evitar o compartilhamento de talheres e afins, sendo válido também optar pelo uso de máscaras.
Manter a boa circulação de ar no ambiente também contribui para purificar o ar do local.
No trabalho
Além da higienização das mãos e do uso correto de máscaras, o ambiente de trabalho se torna mais seguro com medidas de distanciamento, como o rodízio de mesas no escritório.
Manter as janelas abertas, priorizando a ventilação natural em detrimento do uso do ar-condicionado também contribui para evitar a transmissão.
Ainda, para manter a segurança dos trabalhadores, sua empresa pode buscar a ajuda de especialistas. O time de Saúde da Pipo está preparado para dar todo suporte necessário para a manutenção da saúde de sua equipe.
Importante: Embora as vacinas atuais tenham certo escape contra a nova cepa da gripe, vacinar-se segue sendo muito importante para aumentar seu nível de proteção e se proteger das outras variantes cobertas pela vacina.
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