O Plano de saúde coparticipativo, ou com coparticipação, é um dos principais temas de interesse das empresas quando pesquisamos sobre planos de saúde corporativos.
A questão é: para saber se optar pela coparticipação é uma alternativa vantajosa, mesmo quando você trabalha com as melhores corretoras de saúde, é essencial saber seu significado, como ele funciona e suas diferenças para os planos de saúde sem coparticipação.
Em poucas palavras, um plano de saúde é coparticipativo quando tanto a empresa como o colaborador dividem a conta dos procedimentos médicos cobertos pelo plano.
O modelo coparticipativo pode ser atrativo para ambas as partes, mas é especialmente útil para a equipe de RH, que normalmente é a responsável por definir a melhor alternativa de modalidade.
Mas, assim como acontece com vários pormenores da busca pelo melhor plano de saúde, existem detalhes para se entender antes de tomar qualquer decisão.
Como veremos ainda neste post, o plano de saúde coparticipativo ajuda as equipes de Recursos Humanos a ter mais clareza dos procedimentos mais solicitados e gastos mais recorrentes
Então, mesmo que você ainda esteja entendendo as melhores práticas para escolher seu plano de saúde empresarial, é importante entender o modelo coparticipativo.
E como o assunto é vasto, a Pipo resolveu segmentar o conteúdo deste guia em dois artigos, que abordam aspectos diferentes e complementares sobre um plano de saúde coparticipativo.
Entenda o que você vai ver aqui, agora, e o que cobrimos na segunda parte deste guia:
Hoje, neste artigo, “Plano de saúde coparticipativo: Guia definitivo para RHs | Parte I", você vai descobrir:
- O que é um plano de saúde coparticipativo?
- Como funciona a coparticipação?
- Plano de saúde com e sem coparticipação: qual a diferença?
- Vantagens do plano de saúde coparticipativo para as empresas
- Regras dos planos de saúde coparticipativos segundo a ANS
Quando terminar este post, você já pode seguir direto para o próximo, o “Plano de saúde com coparticipação: guia definitivo para RHs | Parte II" (link no final do artigo). Nesta segunda parte, entramos mais nos detalhes financeiros:
- Como funciona a cobrança do plano coparticipativo?
- Diferença entre coparticipação e contribuição
- Diferença entre franquia e coparticipação
- Como saber se o plano de saúde coparticipativo vale a pena financeiramente?
- Quem determina se o plano será coparticipativo ou pago inteiro pela empresa?
#01 O que é um plano de saúde coparticipativo?
A coparticipação no plano de saúde é o valor pago pelo beneficiário quando este utiliza um serviço coberto pelo plano, como exames, consultas, atendimentos ambulatoriais e afins.
Esta taxa é acordada diretamente com a empresa no momento da assinatura do contrato. Ou seja, o índice pode variar, a depender da negociação.
Geralmente este índice gira entre 10% a 30% do valor pago pela empresa.
Ou seja: a conta do plano de saúde é rachada entre a empresa e o beneficiário. Entretanto, existem algumas regrinhas e nós vamos entender melhor ao longo do conteúdo, ok?
#02 Como funciona a coparticipação?
Nada melhor para entender o plano de saúde coparticipativo do que visualizar um exemplo prático de como ele funciona.
Segue o fio:
Joana, beneficiária de um plano de saúde empresarial coparticipativo, precisa fazer um exame de rotina.
O exame custa R$ 100, mas a coparticipação é de 20%. Sendo assim, Joana precisa realizar o pagamento de R$ 20, ou ainda, uma taxa fixa pré-definida.
Depois que ela fizer o procedimento, esse valor será descontado da sua folha de pagamento, dentro do prazo estabelecido em contrato (em geral, o desconto acontece entre 60 e 90 dias depois do evento).
Atualmente, a coparticipação faz parte da grande maioria dos planos utilizados no Brasil e pode ser aplicada em qualquer procedimento ou evento em saúde coberta, desde que acordado junto à empresa.
#03 Plano de saúde com e sem coparticipação: qual a diferença?
Um plano de saúde pode ser coparticipativo ou sem coparticipação — as duas formas são aprovadas pela ANS. Mesmo assim, para optar, é preciso entender exatamente o que diferencia ambas as modalidades.
Como vimos, no plano coparticipativo o beneficiário paga uma taxa quando usa alguns dos serviços de saúde.
Há uma divisão clara nos gastos: uma parcela para a empresa e outra para o colaborador.
No plano de saúde sem coparticipação a coisa muda de figura: a empresa é a única responsável por arcar com os custos do plano.
Na prática, uma das principais diferenças é que o valor mensal pago pela empresa do plano de saúde com coparticipação costuma ser mais atrativo em relação ao custo do plano sem coparticipação, uma vez que o custo é diluído com o colaborador.
Considerando as diferenças para o modelo sem coparticipação, fica mais fácil entender como a alternativa pode ser uma boa escolha.
Por conta disso, os planos com coparticipação são boas alternativas para pequenas e médias empresas pela maior facilidade na implementação do benefício.
#04 Vantagens do plano de saúde coparticipativo para as empresas
Vamos agora detalhar um pouco mais as vantagens da coparticipação? Ou seja, o que caracteriza cada benefício do plano coparticipativo? Separamos os principais pontos abaixo:
➔ Menor custo
No fim das contas, um valor menor sempre é um fator a se considerar e essa é uma característica da coparticipação.
Nela, o valor do custo mensal da empresa é menor e isso influencia no balanço final.
Além disso, como os valores dos procedimentos são definidos em contrato, não há surpresa na hora de pagar a conta.
➔ Autocuidado
Uma das maiores vantagens do plano de saúde coparticipativo é a possibilidade de usar o plano de saúde com consciência, ou seja, utilizar o serviço apenas quando realmente for necessário.
Isso cria um sentimento de autocuidado e influencia na produtividade de toda a equipe.
Todo esse cenário implica também em novos hábitos no setor de RH, que vai precisar criar programas de saúde e bem-estar para os colaboradores.
➔ Facilidade
Muitas vezes o plano de saúde é inviável para pequenas e médias empresas devido ao seu alto custo.
Dito isso, dividir a conta com o colaborador permite diluir o custo do plano e, ainda assim, entregar um bom benefício para a sua equipe.
Uma cotação bem feita já ajuda a definir a melhor opção, mas conhecer esse plano facilita o caminho. E, antes de pedir a cotação, é bom também ficar atento sobre o que você pode esperar da sua corretora de plano de saúde empresarial.
Mas o fato é que existe facilidade também para o usuário que, ao invés de pagar na hora uma consulta particular, pode arcar com essa despesa meses depois do atendimento, descontado diretamente na folha salarial.
➔ Controle dos serviços
Como ocorre apenas a cobrança dos serviços utilizados, sejam consultas ou atendimentos laboratoriais, a empresa consegue saber exatamente os gastos mais comuns, e isso ajuda numa análise precisa do uso dos serviços.
O controle dos serviços também facilita o planejamento de políticas de saúde mais eficazes para os colaboradores.
Ou seja: a empresa consegue identificar padrões de uso, como consultas preventivas e exames de rotina, e pode direcionar esforços para programas de saúde ocupacional e campanhas de conscientização, visando reduzir custos e promover o bem-estar dos funcionários.
Esse monitoramento contínuo ajuda o RH a adaptar o plano conforme as necessidades específicas da equipe, maximizando o retorno sobre o investimento e promovendo uma cultura de cuidado e eficiência no uso do benefício.
#05 Regras dos planos de saúde coparticipativos segundo a ANS
A modalidade de coparticipação nos planos de saúde surgiu no Brasil como uma alternativa para controlar os custos crescentes dos serviços de saúde, especialmente no contexto empresarial.
Introduzida nos anos 1990, os planos de saúde coparticipativos ganharam popularidade ao permitir essa divisão de gastos entre empresa e pessoas colaboradoras, o que também ajuda a evitar o uso excessivo de serviços de saúde.
Tempos depois, em 2018, a partir da Resolução Normativa nº 433, a ANS (Agência Nacional de Saúde) proibiu a cobrança de coparticipação em mais de 250 procedimentos, definiu limite de 40% para a cobrança, entre outras alterações.
Entretanto, antes mesmo de entrar em vigor, as mudanças foram revogadas pela Resolução Normativa nº 434 ANS.
Sendo assim, as regras válidas atualmente são as que constam na Resolução do Conselho de Saúde Suplementar (CONSU) n° 08, de 3 de novembro de 1998.
Confira um resumo dos principais pontos que regimentam o plano de saúde coparticipativo.
- A operadora é obrigada a informar claramente as taxas e regras de utilização da coparticipação;
- O beneficiário não pode pagar 100% do valor do procedimento de saúde;
- A operadora é livre para definir a taxa de coparticipação de cada procedimento, mas a ANS recomenda o percentual máximo de 30%;
- Esse custo não pode ultrapassar o valor pago pela mensalidade ou o equivalente a 12 mensalidades;
- A coparticipação pode ser cobrada em qualquer procedimento e não deve ter valores diferentes para doenças diferentes;
- Os percentuais de coparticipação precisam ser delimitados, junto do início da cobertura e períodos de carência para cada procedimento.
Para que sua empresa entenda os detalhes do plano de saúde coparticipativo que está no radar do seu RH, a operadora de saúde tem que destacar informações como tipo de acomodação contratada, área de atendimento e lista de profissionais credenciados.
Outros itens como o número de registro da operadora na ANS, os dados para atendimento e os contatos da Agência igualmente não podem ficar de fora.
Conclusão da “Parte I” do Guia definitivo para RHs sobre o plano de saúde coparticipativo
Os planos de saúde coparticipativos representam uma solução equilibrada para empresas que buscam oferecer benefícios de saúde a um custo acessível e manter o plano sustentável.
Ao dividir despesas e promover um uso mais consciente dos serviços, esse modelo ajuda as empresas a controlar melhor os custos, enquanto incentiva os colaboradores a gerirem sua saúde de forma mais responsável.
Além disso, a coparticipação permite que o RH tenha dados valiosos sobre os gastos mais frequentes, auxiliando na criação de políticas de saúde e bem-estar focadas nas reais necessidades dos colaboradores.
Essa visão vai ao encontro da proposta de valor da Pipo Saúde, que não apenas facilita a contratação de planos de saúde empresariais, mas também se compromete em tornar seu RH mais rápido e ajuda sua empresa a economizar com o reajuste do plano.
E se você chegou até aqui, você pode
#01. Entrar no site da Pipo e descobrir como ajudamos empresas a terem a melhor gestão de benefícios com uma plataforma especialmente pensada para tornar a vida do seu RH muito mais fácil.
#02 Seguir seu aprendizado sobre os planos de saúde coparticipativos: entre na Parte II deste guia e seja um especialista na modalidade:
Plano de saúde com coparticipação: guia definitivo para RHs | Parte II