Quando falamos de planos de saúde empresariais, vários termos técnicos surgem e podem parecer de difícil entendimento. Um desses termos é a "contributariedade".
A contributariedade em um plano de saúde ocorre quando o colaborador contribui parcial ou integralmente para o custo do plano. Essa contribuição pode ser descontada diretamente na folha de pagamento, seja através de um valor fixo ou de um percentual do custo total do plano.
Aqui, é importante ressaltar a distinção entre contributariedade e coparticipação. Enquanto na contributariedade o pagamento é feito independentemente da utilização dos serviços, na coparticipação o beneficiário paga uma parte dos procedimentos médicos utilizados.
- Diferença entre pagamento de contributariedade e pagamento de coparticipação
- Vantagens da contributariedade para a empresa
- O papel do RH com planos de saúde contributários
- Principais perguntas sobre plano de saúde contributários
Diferença entre pagamento de contributariedade e pagamento de coparticipação
Ambos os sistemas apresentam características distintas que afetam diretamente a experiência do beneficiário.
Contributariedade
- Na contributariedade, o beneficiário realiza contribuições regulares, normalmente descontadas diretamente na folha de pagamento, independentemente da utilização dos serviços.
- O valor pago pelo beneficiário pode ser um montante fixo ou um percentual do custo total do plano.
- Essa modalidade oferece uma previsibilidade financeira para o beneficiário, uma vez que o custo do plano é conhecido antecipadamente, facilitando o planejamento financeiro pessoal.
Coparticipação
- Por outro lado, na coparticipação, o beneficiário paga uma parte dos custos de cada serviço médico utilizado, como consultas, exames e procedimentos.
- O pagamento ocorre de forma direta e proporcional à utilização dos serviços de saúde, sendo descontado apenas quando há necessidade de assistência médica.
- Apesar de potencialmente resultar em custos variáveis e imprevistos para o beneficiário, a coparticipação pode incentivar um uso mais consciente dos serviços de saúde, evitando consultas desnecessárias e promovendo uma gestão mais eficiente dos recursos do plano.
Em resumo, enquanto a contributariedade implica em pagamentos regulares e independentes da utilização dos serviços, a coparticipação está relacionada a uma contribuição proporcional às necessidades de assistência médica do beneficiário.
A compreensão dos termos, pode ajudar a escolher a melhor forma de aplicá-los na hora da contratação do plano de saúde da sua empresa.
Vantagens da contributariedade para a empresa
A implementação do modelo de contributariedade nos planos de saúde empresariais pode trazer benefícios fiscais e financeiros para a empresa:
- Redução de custos: Optando pela contributariedade, o empregador pode mitigar o impacto financeiro dos planos de saúde, pois o custo é compartilhado com os colaboradores.
- Previsibilidade orçamentária: O modelo proporciona uma regularidade nos gastos com saúde, simplificando o planejamento financeiro anual.
- Incentivos fiscais: As contribuições da empresa para o plano de saúde dos colaboradores podem ser deduzidas como despesas operacionais, diminuindo a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).
A divisão de custos otimiza a alocação de recursos da empresa, potencializando o investimento em outras áreas estratégicas.
O papel do RH com planos de saúde contributários
Geralmente exercido pela área de benefícios da empresa, o RH tem que ficar atento a alguns pontos.
- Estar atualizado das mudanças de valores do plano: O RH deve acompanhar de perto as atualizações nos custos do plano, garantindo que os colaboradores sejam informados sobre qualquer mudança em suas contribuições;
- Relacionamento com a corretora para auxiliar no processo: Uma boa relação com a corretora de saúde é fundamental para facilitar o processo de gestão da contributariedade. O RH pode contar com o apoio da corretora para esclarecer dúvidas, negociar condições mais vantajosas e obter suporte na resolução de eventuais problemas relacionados ao plano de saúde.
- Faturamento de forma correta: O processo de faturamento do plano de saúde pode ser complexo e sujeito a erros humanos. O RH precisa garantir que as contribuições dos colaboradores sejam faturadas de forma correta e precisa, evitando discrepâncias que possam gerar insatisfação entre os beneficiários.
- Evitar erros humanos no processo de faturamento: Erros no processo de faturamento podem resultar em problemas financeiros e administrativos para a empresa, além de causar desconforto aos colaboradores. O RH deve implementar medidas para minimizar esses erros, como a realização de verificações rigorosas e a adoção de sistemas de controle de qualidade.
O gerenciamento da contributariedade em planos de saúde pode ser trabalhoso e exigir um esforço significativo por parte do RH. É essencial reconhecer os desafios envolvidos e buscar soluções que facilitem esse processo, garantindo uma gestão eficiente e transparente dos benefícios de saúde dos colaboradores.
Principais perguntas sobre plano de saúde contributários
Separei abaixo algumas dúvidas que os colaboradores podem ter, assim como o RH.
Como funciona a manutenção do plano de saúde para pessoas demitidas?
Pessoas demitidas sem justa causa têm o direito de manter o plano por um período determinado pela legislação, assumindo integralmente o custo do plano, desde que tenham contribuído para o plano durante o período de emprego.
Qual é a regra para a manutenção do plano de saúde para aposentados?
Aposentados que contribuíram para o plano de saúde têm o direito de mantê-lo por tempo indeterminado, assumindo integralmente as mensalidades, principalmente se contribuíram por mais de 10 anos.
Quem arca com as mensalidades do plano de saúde para ex-colaboradores, o titular ou a empresa?
O ex-colaborador (titular) é responsável por arcar integralmente com as mensalidades após a demissão sem justa causa ou aposentadoria, desde que tenha contribuído para o plano durante o emprego.
Como a continuidade do uso do plano de saúde após o desligamento ou a aposentadoria pode afetar o valor do reajuste para a empresa?
Se o colaborador ainda continua na fatura do plano de saúde, ainda terá custos. Outro ponto é que o uso do plano pode causar uma alta sinistralidade e um aumento.
Em suma, a contributariedade no plano de saúde empresarial é essencial para equilibrar os custos entre empresa e colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho saudável e atraente.
Com transparência, flexibilidade e avaliação contínua, é possível garantir que os benefícios oferecidos atendam às necessidades de todos os envolvidos, fortalecendo a relação entre empregador e funcionário.
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