Você tem ou conhece um plano de saúde que, além do plano, ele oferece serviços de imagem ou conta com uma clínica, um laboratório ou hospital?
Isso é cada vez mais comum no Brasil e, empresas que ofereciam apenas um tipo de serviço, tem se tornado verdadeiros complexos integrados de saúde na chamada verticalização dos planos de saúde ou verticalização da saúde.
Sendo assim, além do plano, essas organizações oferecem atendimento de urgência e emergência, laboratórios de análises clínicas, pronto-socorro, entre outros. Essa expansão e abrangência de atuação não é algo novo, mas um modelo de negócio que vem crescendo nos últimos anos.
Neste artigo, vamos explicar como a verticalização funciona, qual o impacto para os serviços de saúde suplementar, se há implicações para os usuários desses serviços, entre outras informações. Se interessou pelo tema? Então, aproveite a leitura!
Neste conteúdo, você vê:
- Afinal, o que é a verticalização da saúde?
- Por que as empresas estão investindo em verticalização?
- Qual o impacto disso para a saúde suplementar?
- O que muda para o beneficiário do plano?
Afinal, o que é a verticalização da saúde?
A verticalização dos planos de saúde ocorre quando as operadoras investem em estruturas próprias e integradas de serviços, como o caso do plano de saúde que também oferece unidades de pronto-socorro, conforme exemplo anterior.
Porém, existem várias formas de investir nesse modelo de negócio. Outro tipo de verticalização que destacamos é quando os hospitais passam a oferecer seus próprios planos de saúde. Especialistas da área ressaltam que isso é feito para manter os serviços reunidos, sob domínio da mesma companhia.
Para tornar o entendimento mais claro acerca do termo “verticalização”, imagine um prédio em que cada andar é uma área específica dos serviços oferecidos por uma organização.
No primeiro andar temos o atendimento médico, no segundo, o laboratório de medicina diagnóstica, no terceiro a operadora de planos de saúde e no quarto um hospital. Juntos, esses serviços compõem uma integração vertical de negócios de uma mesma empresa.
Porém, nesse processo é comum haver fusões e aquisições de empresas para que o modelo seja melhor estruturado e consiga se desenvolver melhor com a junção das marcas, dos investimentos ou de outro tipo de capital proveniente das envolvidas.
Por que as empresas estão investindo em verticalização?
Nos últimos anos, o objetivo de empresas de diversos segmentos tem sido otimizar e facilitar o acesso aos seus produtos e serviços pelos clientes. Com a vinda da pandemia essa necessidade se tornou ainda mais evidente, sendo bastante percebida pelas empresas da área da saúde.
Com o desejo de simplificar os processos e alcançar novos mercados, organizações por todo o país têm investido em negociações que envolvem fusão e aquisição, sendo a verticalização um desses braços mais necessários para o contexto atual.
Com isso, a abrangência de mercado tende a favorecer não só a margem de lucros das companhias — inclusive, ganhando mais aportes de investidores —, como oferecer um modelo de serviço de saúde mais próximo e acessível aos usuários.
Qual o impacto disso para a saúde suplementar?
Como em todos os processos que envolvem negócios e serviços, a verticalização tem seus prós e contras, e o melhor entendimento se isso é bom ou ruim tanto para as empresas quanto para os usuários da saúde suplementar vai depender das necessidades individuais.
Como o nosso objetivo é informar sobre o funcionamento desse modelo de negócio, que tem se expandido cada vez mais na área da saúde, selecionamos as vantagens e desvantagens da verticalização, de modo abrangente. Confira:
Vantagens da verticalização
- diminuição de barreiras para oferta e execução dos serviços de saúde, sendo isso vantajoso também para o usuário já que o objetivo é não haver tanta burocracia como existe quando é necessário se consultar com várias empresas com políticas diferentes;
- aumento do poder de mercado para as organizações que verticalizam;
- mais autonomia para a empresa estabelecer sua precificação;
- mais proximidade e foco nas demandas do usuário, já que ele será atendido pela mesma rede;
- mais agilidade na assistência ao cliente, pois os sistemas tendem a ser integrados;
- aumento do poder de negociação agregado;
- oferta de um atendimento multidisciplinar e com uma visão holística sobre o paciente, já que a empresa terá todo o seu histórico de consultas, exames e tratamentos;
- padronização do atendimento em todas as esferas da marca;
- economia para os clientes, pois haverá menos intermediários entre os serviços oferecidos.
Desvantagens da verticalização
- menos flexibilidade para que os usuários possam escolher profissionais, principalmente seu médico de confiança, já que ficam restritos à oferta disponível pela empresa verticalizadora;
- rede credenciada restrita;
- o modelo pode ser considerado, por muitos, uma forma de monopólio dos serviços de saúde.
O que muda para o beneficiário do plano?
Diante dos pontos positivos e negativos vistos anteriormente, podemos dizer que empresas beneficiárias de plano de saúde, e que investem na verticalização, podem oferecer melhores condições aos contratos dos beneficiários.
Isso é possível, pois, como vimos, as barreiras na oferta dos serviços são reduzidas nesse modelo de negócio.
Além disso, pode acontecer de o plano limitar a assistência ao usuário, restringindo suas possibilidades de escolha.
Isso quer dizer que, provavelmente, a empresa verticalizadora oferecerá cobertura apenas quando os serviços forem realizados internamente, dentro do seu complexo. Do contrário, a cobertura do plano não será abrangente ou aceita em outros locais, e o usuário terá de arcar com custos externos.
No entanto, isso varia de acordo com as políticas internas e da modalidade do plano escolhido pelo cliente, inclusive dos planos de saúde empresariais. Por isso, é sempre importante escolher uma empresa que atenda às suas necessidades.
Ainda, é fundamental tirar todas as dúvidas, ler atentamente o contrato do plano de saúde e contar com especialistas que estejam atentos e disponíveis para te orientar quando necessário. Afinal, uma contratação errada ou feita sem planejamento pode causar muita dor de cabeça no futuro, certo?
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