Promova a linguagem inclusiva na sua empresa e evite insatisfações dos funcionários!

Por

Carolina Lais

Por

Publicado em

22/12/21

A comunicação da sua empresa gera inclusão ou exclusão? Para construir um mundo corporativo diverso e inclusivo, é indispensável a adoção de uma linguagem inclusiva — ou seja, utilizar palavras que não ofendem ou invisibilizam ninguém.

Afinal de contas, não basta apenas contratar pessoas de diferentes gêneros, etnias, idades, mas continuar reproduzindo e incentivando discursos preconceituosos ou expressões excludentes. 

Esse tipo de comunicação pode prejudicar a produtividade e a saúde mental dos times, além de comprometer a imagem da empresa no mercado. Se você quer entender melhor o que é linguagem inclusiva, como promovê-la e quais são os seus benefícios, continue a leitura.

Neste artigo você vai conferir:

  • O que é linguagem inclusiva?
  • Qual a importância de estar atento à linguagem inclusiva?
  • Como ser inclusiva na linguagem afeta as empresas?
  • Primeiros passos para promover a linguagem inclusiva na sua empresa

O que é linguagem inclusiva?

Antes de mais nada, vale refletir sobre o que significa ter uma linguagem violenta ou não inclusiva. “Deu uma de João sem braço”, “inveja branca”, “lista negra”, “você nem parece gay”, tenho certeza de que você já ouviu (ou disse) algumas das várias expressões preconceituosas que foram passadas de geração para geração. 

Além das falas que refletem problemas estruturais, como o racismo e o capacitismo, precisamos enfrentar outro desafio: o nosso idioma foi pensado de modo binário e machista — o que não contempla mais as mudanças do mundo moderno. 

Uma das formas de combater tudo isso é a adoção de uma linguagem inclusiva, ou seja, fazer adaptações na língua portuguesa para ter uma comunicação que não ofenda ou exclua ninguém, mas sem modificar as regras do idioma.

Para facilitar, que tal conhecermos alguns exemplos práticos de linguagem não inclusiva?

Um líder da empresa chega em reunião com cinco mulheres e dois homens e diz: “Bom dia a todos”. 

Apesar da frase estar correta gramaticalmente, escolher a palavra "todos" para se referir a um grupo de pessoas com maioria feminina não é adotar uma linguagem inclusiva. Falar “bom dia a todos e a todas” ou mesmo “bom dia a todas as pessoas presentes” são algumas soluções possíveis para não deixar ninguém de fora.

Empresa busca desenvolvedores web 

Uma organização que quer abrir espaço para ter mais diversidade no setor de tecnologia precisa começar logo na divulgação da oportunidade, concorda? Uma maneira de não deixar dúvidas de que desenvolvedoras também não são bem-vindas é utilizar a expressão “pessoas desenvolvedoras”.

Qual a diferença entre linguagem inclusiva e linguagem neutra?

Assim como a linguagem inclusiva, a linguagem neutra tem como objetivo tornar a comunicação menos patriarcal e mais igualitária. 

No entanto, a linguagem neutra realiza mudanças no idioma —  utilizando termos como “amigues”, “todes”, “alunes”, para incluir pessoas não-binárias (que não se identificam com o gênero masculino e nem com o gênero feminino).

Já na linguagem inclusiva, como vimos, a ideia é escolher expressões ou palavras que já existem na língua portuguesa para não excluir nenhum grupo. 

Qual a importância de estar atento à linguagem inclusiva?

A língua precisa acompanhar as mudanças da sociedade e, felizmente, o debate sobre diversidade e inclusão ganhou muita força nos últimos anos. Cada vez mais pessoas de diferentes culturas, etnias, orientações sexuais e gêneros estão ocupando espaços da mídia, na política e nas empresas. 

Sendo assim, é importante que a comunicação passe por mudanças para ampliar essa diversidade e realmente incluir esses grupos, oferecendo um espaço seguro e iguais oportunidades de crescimento. Não adianta, por exemplo, ter várias focadas na contratação de pessoas negras e fazer uma campanha questionando o mês da consciência negra ou permitir que os funcionários adotem discursos racistas. 

Portanto, adotar uma linguagem inclusiva é um passo indispensável para construir ambientes respeitosos e seguros para todas as pessoas.

Como ser inclusiva na linguagem afeta as empresas?

Além da questão ética e humanitária, investir em ter um ambiente de trabalho diverso e inclusivo é algo extremamente vantajoso para as empresas. De acordo com uma pesquisa da Accenture, times diversos são 11 vezes mais inovadores e têm funcionários 6 vezes mais criativos do que outras equipes.

A comunicação inclusiva também contribui para a melhora da imagem da empresa no mercado. Segundo um estudo da Accenture Strategy, 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de marcas alinhadas aos seus valores pessoais. O dado mostra a importância de considerar a diversidade e a representatividade para criar uma relação mais próxima com os clientes.

Ainda na dúvida sobre a necessidade de ter uma comunicação inclusiva? Veja um resumo dos benefícios que isso pode proporcionar na sua empresa:

  • aumento da produtividade;
  • melhora na saúde e bem-estar dos colaboradores;
  • facilidade na atração e retenção de talentos mais diversos;
  • melhora na imagem da empresa perante os consumidores e concorrentes;

Primeiros passos para promover a linguagem inclusiva na sua empresa

A linguagem inclusiva precisa ser incorporada na cultura organizacional e deve ser utilizada em todas as comunicações da empresa — seja para o público interno ou para o público externo. 

Além do RH, que está em contato direto com as pessoas que trabalham na organização e precisa estar muito atento a essa questão, deve existir um esforço coletivo para que a linguagem inclusiva faça parte do dia a dia da empresa.

Confira algumas dicas de como dar os primeiros passos para uma comunicação mais inclusiva:

  • invista em contratar pessoas com perfis diversos em todos os setores da empresa, inclusive especialmente nas áreas de comunicação, marketing e RH;
  • pergunte aos candidatos quais são os seus pronomes de identificação;
  • ofereça treinamentos voltados para linguagem inclusiva e neutra;
  • promova conteúdos com exemplos de linguagens não inclusivas e como elas podem ser substituídas;
  • disponibilize canais para que falas e comportamentos preconceituosos sejam denunciados com segurança.

A sociedade naturalizou muitas expressões preconceituosas ao longo dos anos e mudar isso pode não ser fácil. Entretanto, com certeza vale fazer esse esforço para que a linguagem não seja uma forma de agredir pessoas, mas sim um caminho para tornar o ambiente corporativo (e o mundo) mais igualitário.

Nada melhor do que boas doses de informação para combater preconceitos e construir um mundo mais diverso. Então, que tal continuar aprendendo? 

Aproveite para baixar o nosso ebook “Diversidade e inclusão no mercado de trabalho: o que dizem líderes LGBTQIA+”.


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