Tendências de RH para um mundo pós pandemia

Por

Aline Oliveira

Por

Publicado em

20/4/22

Talvez você seja do time de pessoas que não aguenta mais ouvir falar em “novo normal” e isso é bastante comum. Afinal, passamos por uma fase em que o mundo inteiro foi pego de surpresa e precisou reinventar seu estilo de vida e suas relações de trabalho. 

Fato é que a pandemia da covid-19 transformou sim o dia a dia das pessoas e empresas e isso não pode ser negligenciado. Esse período trouxe mudanças tão importantes para as organizações que hoje existem tendências de RH que precisam ser consideradas para manter a qualidade do trabalho e o sucesso da organização nesse novo normal.

Neste artigo, vamos abordar as principais tendências nesse sentido e esperamos que elas sirvam de reflexão e de guia para aprimorar a gestão de pessoas na sua empresa. Aproveite a leitura!

Os impactos da pandemia nas empresas e no RH

É importante ressaltar que o novo normal já está aí: reuniões cada vez mais virtuais, novos processos, novas formas de trabalhar, digitação das atividades para que sejam realizadas remotamente, entre outros. Tudo isso já faz parte da realidade de diversos negócios.

Para muitas empresas, a nova forma de organização visando a redução de custos e a relação com os colaboradores estão entre os impactos mais importantes que surgiram com a pandemia. Nesse cenário, alguns acontecimentos devem ser destacados:

  • foi necessário se adaptar às novas rotinas de trabalho para conter o distanciamento entre as pessoas, como a adoção de medidas sanitárias e mudanças nas estações de trabalho em empresas de setores essenciais;
  • necessidade de demissão, seja por conta do cenário das incertezas, ou para redução de custos e próprio fechamento da companhia. Saiba que mais de 40% dos brasileiros foram demitidos ou tiveram a carreira prejudicada durante a pandemia.

Tudo isso, certamente, gerou novas demandas e acarretou em tendências do mercado de trabalho importantes para as organizações.

7 tendências no pós-pandemia 

Diante de tantas surpresas, necessidades de adaptação e transformações que envolvem a vida das pessoas, surgem as tendências de RH para um mundo pós-pandemia. A seguir, listamos algumas delas. 

1. Formatos de trabalho mais flexíveis

A palavra home office talvez não tenha sido utilizada de forma tão ampla pelo mercado como durante a pandemia de covid-19. Muitas empresas que já tinham esse processo como objetivo, apenas aceleraram a mudança. 

Já outras, se viram forçadas a implementar o trabalho à distância para manter a saúde do negócio. Mas será que hoje o home office já pode ser considerado uma realidade ou é apenas uma tendência? Fala-se muito desse formato, mas será que as organizações realmente aprovam e pensam em adotar no futuro a longo prazo?

Ainda que possa haver a impressão de que o home office é amplamente utilizado no país, a verdade é que esse modelo de trabalho foi adotado por apenas 10% dos trabalhadores no Brasil, cerca de 9 milhões de pessoas ocupadas. E o curioso é que no final de 2021 esse número diminuiu e chegou a 8,7%.

O fechamento em massa de empresas, a retomada gradual das rotinas presenciais nas organizações e a falta de estrutura para tocar as atividades de casa estão entre os fatores que contribuíram para esses números.

Ao mesmo tempo em que 30% dos trabalhadores optam por continuar trabalhando remotamente, outros 33% optam pelo modelo híbrido, no qual o colaborador atua alguns dias da semana em casa e outros na empresa. 

Por esses motivos, podemos dizer que o mix nos modelos de trabalho é uma das tendências que veio para ficar e cabe à empresa descobrir qual é o melhor formato para sua realidade. Se é importante sentir a cultura organizacional, por exemplo, podem ser feitos rodízios entre o trabalho remoto e o presencial.

Tenha em mente que há benefícios para ambos os lados já que as empresas reduzem custos internos ao manter parte da equipe em casa, mesmo em dias alternados, e os trabalhadores conseguem ser mais produtivos quando trabalham à distância.

2. Aceleração digital

Não é novidade falar da importância da tecnologia para as companhias. Porém, se para algumas empresas a transformação digital era um objetivo a ser alcançado, a pandemia também veio para acelerar esse processo, pois estar no digital não é mais uma opção, e sim uma obrigação para operar com sucesso.

Muito disso se deve à necessidade de implementar o trabalho remoto ou home office, como vimos anteriormente. Ainda que muitas organizações não pretendam adotar o trabalho à distância de forma definitiva, as atividades precisam ser ágeis, automatizadas e estar integradas.

Ou seja, como grande parte dos processos precisam ser feitos pela internet, de forma virtual, as ferramentas e os sistemas digitais se tornaram ativos essenciais nas empresas, tanto para otimizar o fluxo das ações com os clientes quanto com os colaboradores.

São alguns dos exemplos de ações que foram aceleradas e que precisam estar cada vez mais em ambiente digital:

  • gestão da produtividade;
  • a segurança das informações e dos dados dos colaboradores;
  • a padronização dos processos e
  • a implementação de atividades voltadas para o desenvolvimento da equipe, como a gamificação.

3. Mudanças nas métricas de produtividade

O aumento da produtividade causado pelo home office também fez surgir uma nova tendência: a mudança nas métricas de produtividade. Por estarem trabalhando de longe, situação em que uma gestão tão direta pode não ser possível pela distância, os líderes, junto do RH, tiveram de reformular suas métricas.

Nesse sentido, é preciso estabelecer OKRs para as áreas com foco em aumentar os resultados, mas sem abrir mão da gestão da saúde do colaborador; o foco aqui é ter um monitoramento cada vez mais eficiente e próximo das atividades do time.

4. Aproximação com os funcionários

Percebe como as tendências para o pós-pandemia são fatores que se complementam? Por que estamos falando isso? É que junto da alta produtividade e do controle da rotina diária pelos gestores, temos também a necessidade de uma aproximação mais humana dos gestores com seus times.

A pandemia veio para provar, entre outras coisas, que as relações precisam ser fortalecidas dia após dia e que as pessoas precisam ter confiança nessas relações. Afinal, estamos todos enfrentando, de maneira geral, os mesmos obstáculos.

5. Oferta de benefícios flexíveis 

Já foi provado que ter mais flexibilidade e liberdade no dia a dia e para executar o trabalho é uma das grandes vantagens para os funcionários. Isso também se aplica quando o assunto é a oferta de benefícios, como vale-alimentação e refeição e serviços de saúde.

Inclusive, esse é um dos fatores que ajudam na retenção dos colaboradores e contribui para que trabalhem cada vez mais felizes e engajados com a empresa.

6. Lifelong learning (educação continuada)

Que atire a primeira pedra quem não se viu em meio a um monte de cursos para fazer durante a pandemia ou que ao menos não conheça alguém que fez parte desse time.

Pois é, ainda que houvesse um interesse generalizado para a realização de cursos simultâneos, o período do isolamento também serviu evidenciar a necessidade de aprendizado nos indivíduos. Isso foi acentuado, inclusive, pelo ócio causado em muitas pessoas pela incerteza da continuidade do seu trabalho.

Além disso, a capacidade de aprender e se desenvolver constantemente é um fator que tem ajudado muitos colaboradores e empresas a planejarem melhor suas trilhas profissionais, se preparando tanto para ser um funcionário de alta performance quanto para treinar o seu time para atingir seu melhor potencial.

7. Mais atenção à saúde mental

Diante de uma situação tão complexa e desafiadora para a humanidade que está sendo o enfrentamento da pandemia de covid-19, um dos assuntos mais ouvidos foi a importância de manter a saúde mental

Nas organizações esse é um tema que merece ainda mais atenção porque lidamos com a rotina das pessoas, metas e produtividade, além de um ponto delicado que é o recebimento do dinheiro no qual se mantém.

Como dissemos, alguns dos impactos no mercado de trabalho foram o desemprego, o medo de perder a fonte de renda, a situação de perda de entes queridos e o adoecimento das pessoas. 

Tudo isso afeta diretamente a saúde emocional dos colaboradores e isso já foi provado pela Organização Mundial da Saúde, que constatou que a pandemia desencadeou aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em todo o mundo. 

Ainda que estejamos falando do pós-pandemia, há reflexos que perdurarão por um bom tempo ou a vida inteira para muitas pessoas. Por isso, as empresas precisam planejar ações de promoção da saúde mental do colaborador e atuar cada vez mais próximas do seu time para garantir a segurança psicológica necessária.

Essas foram as principais tendências de RH que acreditamos que você precisa estar por dentro para garantir não só a felicidade do seu colaborador como resultados cada vez melhores para a sua empresa. Qual dessas tendências já é realidade para você ou que pretende implementar internamente?

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