Gestão de saúde corporativa e o impacto no desempenho dos colaboradores

Por

Thiago Liguori

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Thiago Liguori

Publicado em

20/9/21

Aumentar o desempenho dos colaboradores é algo que gera inúmeras vantagens para a empresa e investir em saúde corporativa é uma das principais estratégias para isso. 

Segundo a OIT, em 2020 o número de acidentes de trabalho aumentou 40% e os afastamentos por transtornos mentais, 30%

Assim, não é difícil perceber como contratação e o aperfeiçoamento de serviços que previnem e tratam doenças promovem resultados excelentes nas empresas. Mais do que vantajosos, eles são necessários.

Indivíduos saudáveis, física e psicologicamente, conseguem focar melhor nas suas funções — sem contar com a redução do absenteísmo, por exemplo. 

Por isso, discutimos neste post por que e como a gestão de saúde nas organizações contribui para a eficiência no trabalho.

Neste conteúdo, você encontra informações sobre:

O que é gestão de saúde corporativa?

A gestão de saúde nos ambientes de trabalho é uma abordagem que objetiva a prevenção de doenças ocupacionais de forma inteligente.

A ideia é oferecer bem-estar físico e psicológico aos colaboradores, por meio do incentivo ao autocuidado e de ações de promoção de saúde de maneira integral.

A gestão da saúde corporativa também diz respeito a acompanhar de perto o maior número de variáveis envolvidas, para adequá-las e aperfeiçoar toda a assistência em saúde.

Você sabia que a saúde de uma pessoa pode ser determinada por apenas quatro domínios? Eles são:

  • Genética (30%);
  • Ambiente (20%);
  • Acesso aos serviços de saúde (10%);
  • Hábitos de vida (40%).

Isso significa que, ao oferecer benefícios de saúde corporativa aos seus funcionários, uma empresa pode impactar positivamente três domínios: ambiente, acesso a serviços de saúde e até hábitos de vida, já que uma boa gestão pode estimular uma rotina mais saudável.

Ou seja, todos os que são passíveis de melhoria!

Por que apostar em estratégias de saúde corporativa?

Embora a CLT defina que a empresa precisa criar um ambiente saudável e seguro de trabalho, não há regras quanto à oferta de benefícios como um plano de saúde ou um vale-academia, por exemplo.

Então, por que se preocupar e investir tempo e dinheiro nisso? Há vários argumentos e achamos válido começar ressaltando que, atualmente, a adoção de medidas de saúde corporativa é um diferencial competitivo importante.

Sim, o pacote de benefícios contribui para a atração e retenção de talentos e promove uma série de vantagens para ambas as partes: empregadores e colaboradores.

As empresas representam cerca de 75% dos clientes de planos de saúde privados, mas a atenção a isso não termina quando o contrato é assinado.

Cada vez que um plano é contratado, é necessário um processo contínuo de amadurecimento no seu uso, na implementação de boas práticas, bem como o envolvimento de cada beneficiário com a escolha dos seus hábitos de vida. 

Confira outros motivos para aplicar a gestão de saúde corporativa nas organizações:

Responde a uma demanda importante

Dados do Observatório de Segurança e de Saúde no Trabalho indicam que, entre 2007 e 2022 ocorreram:

  • 2,9 milhões de casos notificados de Agravos e Doenças, sendo que 53% são de acidentes de trabalho graves;
  • 4, 1 milhões de benefícios acidentários concedidos, sendo que este número poderia ter sido muito maior já que tivemos quase três anos de isolamento social; 
  • 382,15 milhões de dias de trabalho perdidos em decorrência de afastamentos atrelados a acidentes;
  • R$ 85,816 milhões gastos com afastamentos acidentários;
  • 17.874 mortes de trabalhadores com carteira assinada, ou seja,  um falecimento a cada 3h43min.

Isso indica que, ainda que tenha uma incidência baixa, problemas em decorrência da falta de ações de saúde corporativa existem; e existem aos montes.

Assim, é sempre melhor prevenir. Isso porque falamos em responder a uma demanda que atende aos interesses da própria organização: ter menos funcionários acidentados, adoecidos e afastados.

Vale lembrar que todas essas situações geram transtornos, mesmo quando o INSS assume o pagamento de auxílios. O afastamento de um funcionário pode alterar a dinâmica de sua equipe, levando à sobrecarga e baixa produtividade.

A sobrecarga de trabalho, por sua vez, é um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psicológicos e da síndrome de Burnout, considerada doença ocupacional desde 2022. 

Além do mais, se um trabalhador temporário é contratado, o RH despende tempo com o processo e também pode precisar investir em onboarding e treinamento.

Ajuda os colaboradores a serem mais produtivos

Nem tudo é sobre sucesso financeiro.

A eficiência e a produtividade nas tarefas do dia a dia dependem muito de como o profissional se encontra: se ele tem queixas, toma medicações todos os dias, sente-se indisposto ou sedentário, entre outros.

Gualter Maia, diretor da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, declara que, a partir do momento em que as ações de saúde contribuem para o bem-estar dos funcionários, os custos para a companhia se reduzem e a produção aumenta.

Sabemos, por exemplo, que a cada R$1 investido no tratamento de depressão, R$4 retornam para a empresa. 

Torna o uso dos recursos mais estratégico

A gente sabe como é ruim quando todos da empresa se planejam para entrar em determinado projeto e a operadora de saúde determina reajustes que afetam esses planejamentos.

Quando existe um bom gerenciamento dos planos de saúde, dos programas de bem-estar e de outros benefícios destinados a ajudar os funcionários a serem mais saudáveis, essas mudanças podem ser projetadas previamente. Desta forma, ninguém é pego de surpresa.

Com um diagnóstico de saúde, por exemplo, é possível desenvolver estratégias de cuidado e prevenção, além de diminuir o número de sinistros e afastamentos.

Reduz a quantidade de afastamentos e ausências no trabalho

Um dos efeitos mais prováveis de investir na saúde dos trabalhadores — e acompanhar esse investimento — é a redução dos adoecimentos, o que também reflete em menos absenteísmo.

Vale lembrar que toda organização, naturalmente, apresenta alguns fatores que podem prejudicar a saúde dos colaboradores, como:

  • estresse diário;
  • pressão para atingir resultados;
  • jornadas de trabalho extensas;
  • competitividade.

Isso quer dizer que todo indivíduo vai sofrer por causa desses riscos? Não. E menos ainda aqueles que trabalham em companhias comprometidas com a gestão da saúde corporativa.

Deixa o ambiente de trabalho mais agradável

Uma empresa que investe em saúde corporativa, normalmente tem um olhar mais dedicado às instalações, com móveis mais ergonômicos e espaços dedicados para o zelo com os colaboradores, como salas de descompressão.

Além de melhorar o bem-estar dos colaboradores, ajuda na prevenção de doenças como LER e problemas de coluna, além do gerenciamento ainda tem a proposta de contribuir com o clima organizacional.

Equipes que têm resiliência para administrar suas emoções e praticar a empatia em momentos desafiadores também contribuem para um ambiente de trabalho mais saudável.

Saúde corporativa e gestão ocupacional

Cuidar da saúde corporativa é uma parte muito importante da gestão ocupacional para a qual os profissionais de RH devem estar atentos. 

Já ficou claro, até aqui, como ela impacta a saúde dos colaboradores e a sustentabilidade financeira da empresa ao mesmo tempo, não é? 

Agora é muito importante você saber que uma gestão ocupacional bem feita é a melhor maneira de prevenir problemas relacionados à saúde dos colaboradores.

Inclusive, a prevenção de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais pesa muito menos no bolso da empresa do que todos os gastos relacionados à saúde quando as doenças já estão instaladas. 

Neste momento, a empresa precisará lidar com altos custos relacionados aos tratamentos que o colaborador precisará fazer, além de todos os encargos trabalhistas e ainda as despesas relacionadas a novas contratações (temporárias ou não). 

Por isso é fundamental agir de maneira estratégica implementando medidas preventivas, além de buscar mais conhecimento sobre saúde, medicina e segurança do trabalho, direitos trabalhistas, psicologia organizacional, entre outros assuntos relevantes para uma boa gestão. 

Como colocar a saúde corporativa em prática?

Quantas empresas do mercado realmente praticam a saúde corporativa? Nas próximas linhas, você verá que há iniciativas viáveis.

Analise os indicadores de saúde

O primeiro passo é, sempre, fazer um diagnóstico das condições de trabalho. Afinal, apenas com dados claros de onde a sua empresa está é possível traçar próximos passos.

Como estão os fatores ambientais? A iluminação dos ambientes está adequada? E o mobiliário, é devidamente adaptável para cada colaborador? Eles têm pausas e intervalos? 

Os indicadores de saúde ocupacional, são fundamentais para entender se o que precisa ser melhorado e quais são as prioridades; uma análise que orienta toda a gestão.

Alguns exemplos desses indicadores são:

  • Lesão por esforço repetitivo;
  • Dorsalgias;
  • Problemas oculares.

Oriente sobre ergonomia

Já que mencionamos a ergonomia no trabalho, vale destacá-la como aliada à melhoria do bem-estar dos trabalhadores.

No ambiente do escritório ou do home office, a ergonomia tem a ver com a postura correta diante do computador. Pode não parecer, mas a distância entre olho e tela, assim como o apoio dos braços e outros detalhes interferem na saúde.

Com o auxílio de um fisioterapeuta do trabalho, a empresa pode orientar quanto a padrões e, inclusive, desenvolver uma cartilha.

Ainda, é importante dizer que a ergonomia também existe fora do escritório. Trabalhadores que fazem movimentos repetitivos, por exemplo, também podem ser orientados sobre a melhor forma de executar esses movimentos.

Promova ações de saúde periodicamente 

Já pensou se a empresa fosse, além da referência no seu core business, um cantinho do autocuidado? Um lugar onde os funcionários saibam que, de vez em quando, vão realizar ou discutir ações de saúde, por exemplo?

Seriam ações como passeios em grupo, palestras, check-ups no próprio local de trabalho, confraternizações etc. Enfim, tudo aquilo que possa orientar e incentivar hábitos saudáveis no trabalho e no dia a dia, de um modo geral.

Incentive a ginástica laboral

E por falar em cantinho do autocuidado, um tempinho para a ginástica laboral também é uma boa prática de saúde corporativa.

Uma simples tensão muscular pode evoluir pouco a pouco até se tornar uma dor incapacitante que leve a um afastamento temporário. Esse é apenas um exemplo do que a ausência de pausas e de um alongamento diário pode causar.

A ginástica pode ser orientada pelo fisioterapeuta do trabalho ou por um profissional de educação física. E também pode ser feita por quem atua no ambiente da empresa ou por quem está de home office.

Cabe à empresa incentivar que as pausas sejam feitas, criando lembretes e buscando outras formas de incentivo. Alguns minutos dessa ginástica podem até aliviar o estresse e melhorar a produtividade.

Coloque a tecnologia para trabalhar ao seu favor

Experimente uma plataforma que acompanhe dados úteis para a gestão de saúde corporativa. Estes são alguns exemplos de informações que podem servir como indicadores:

  • folha de pagamento com informações de faltas, atestados médicos etc.;
  • relatórios de sinistralidade;
  • documentos da Medicina Ocupacional, com os dados sobre os exames admissionais e periódicos;
  • detalhes sobre os atendimentos já realizados no ambulatório da empresa — ou do serviço terceirizado;
  • informações do setor de RH sobre características demográficas e sociais dos colaboradores.

Tente coletar esses insights regularmente, assim é possível analisá-los e fazê-los trabalhar ao seu favor.

Conte com empresas parceiras

Sabemos que a saúde corporativa engloba vários aspectos, em ambos os pontos de vista: físico e emocional. Os colaboradores costumam sentir que precisam prevenir vários problemas de saúde, como:

  • doenças crônicas e muito prevalentes, como a hipertensão;
  • doenças genéticas, como o câncer;
  • lesões e acidentes de trabalho;
  • problemas dentários;
  • transtornos de saúde mental.

Mas nem todo plano de saúde abrange tudo isso, certo? Por isso,  é importante também gerir parcerias com outras empresas que ofereçam serviços amplos em saúde.

Como a Pipo Saúde pode te ajudar?

Com a Pipo Saúde, você pode fazer o gerenciamento dos benefícios de saúde de forma completa, desde a contratação ao suporte no dia a dia para os colaboradores, com um time de saúde dedicado. 

Nós operamos em três frentes: gestão operacional, atendimento aos beneficiários e gestão de saúde integrada.

Isso significa que você pode, entre outros benefícios:

  • verificar e estudar os reajustes dos planos antes que eles sejam cobrados;
  • ajudar os funcionários a tirar suas dúvidas e entender as burocracias envolvidas nos planos de saúde;
  • contar com uma equipe de profissionais de saúde para orientar e prevenir agravos nas condições de saúde dos colaboradores;
  • analisar custos, sinistralidade e outros dados específicos do uso dos planos de saúde;
  • fazer um mapeamento de todos os funcionários da empresa para identificar gargalos e oportunidades de melhoria na gestão de saúde.

Tudo isso pode ser obtido de forma flexível, personalizada e de acordo com a realidade de cada negócio.

Quer entender melhor como a Pipo pode ajudar a sua empresa na gestão de saúde? 

Conheça a história da Vereda Educação e entenda como nós conseguimos um reajuste deflator de 8,7% no reajuste anual do plano de saúde empresarial neste estudo de caso:


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