Ergonomia no trabalho: benefícios e o que diz a NR 17

Por

Aline Oliveira

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Publicado em

18/6/21

Ter bem-estar no trabalho vai além de ter um clima agradável, boas relações e bons benefícios relacionados à saúde corporativa. Também é poder desempenhar suas atividades com conforto, segurança e com bom desempenho. 

Uma boa ergonomia no trabalho traz vantagens não só para os colaboradores como também para a empresa.

Ergonomia está diretamente relacionada à ciência do trabalho e, de acordo com a Associação Internacional de Ergonomia, é a disciplina científica que se preocupa em propor a melhor interação entre o homem e os elementos de um sistema, com o objetivo de otimizar o bem-estar humano.

Porém, é importante entender a importância de investir em uma boa ergonomia, assim como as diretrizes legais que regem essa disciplina. Nós selecionamos as principais informações que você precisa saber a esse respeito. Vem com a gente!

Neste conteúdo, você encontra:

O que é e quais são os tipos de ergonomia

Que a ergonomia é uma disciplina científica, você já entendeu, certo? Mas como se dá, exatamente, a relação disso nas empresas?

Tenha em mente que a ergonomia no trabalho visa oferecer condições que favoreçam à saúde do trabalhador enquanto ele desempenha suas atividades.

Entre os demais objetivos dessa área estão a prevenção de acidentes de trabalho, diminuição dos riscos de lesões para o colaborador e aumento da produtividade da empresa a partir da segurança e conforto dos funcionários.

Por isso, podemos dizer que as ações que envolvem a ergonomia no ambiente corporativo fazem parte de estratégias de organizações que buscam promover o bem-estar, a saúde e a satisfação do colaborador por meio da medicina preventiva. Porém, falaremos adiante sobre como se dá essa relação direta com a saúde dos funcionários.

Por ora, saiba que a ergonomia vai muito além de mesas e cadeiras confortáveis. Ela também avalia condições como temperatura, ruído, repetição de movimentos e muito mais. Veja quais são as classificações dessa área e suas abrangências:

Ergonomia física

Essa é a divisão mais conhecida pelas pessoas, pois está diretamente ligada às questões físicas dos colaboradores e sua anatomia.

Esse tipo de ergonomia visa impedir movimentos repetitivos e exaustivos fisicamente, melhorar a postura do trabalhador em suas atividades, reduzir o esforço, melhorar a adaptação dos espaços, entre outros.

Na ergonomia física é preciso estruturar e corrigir o espaço de trabalho, observando-se, inclusive, as deficiências físicas da pessoa, os equipamentos, maquinários e demais ferramentas. 

Também devem ser levados em consideração, no espaço físico, aspectos como ruídos excessivos, condições sanitárias, iluminação, sinalização e diversos outros fatores relacionados ao modo como as pessoas exercem suas atividades e sob quais condições. 

Ergonomia cognitiva

Engana-se quem pensa que a mente dos trabalhadores não deve ser observada quando o assunto é ergonomia. Afinal, estamos falando de bem-estar, conforto e segurança, e a saúde mental está diretamente relacionada a isso.

Nesse sentido, o foco é analisar os processos mentais pelos quais o indivíduo passa ao desempenhar suas atividades a fim de evitar estresse, cansaço, distúrbios como ansiedade e depressão, estafa, desgaste e pressão excessiva no trabalho.

Ergonomia de correção

Nesse tipo de ergonomia são observadas as correções e ajustes que precisam ser feitos no ambiente de trabalho para que os colaboradores fiquem mais seguros, confortáveis e melhor adaptados aos espaços. 

Por exemplo: quando se tem um local com muito ruído e que atrapalha a concentração das pessoas, é preciso pensar em recursos para corrigir esse problema e oferecer um local mais agradável para se trabalhar. Isso, certamente, será um motivador para o time!

Ergonomia operacional

A operacional diz respeito às adequações feitas pela empresa para proporcionar a segurança e o bem-estar dos trabalhadores no dia a dia das operações. 

Nesse sentido, é possível pensar em como realizar processos menos agressivos, como evitar a sobrecarga e como otimizar as atividades sem abrir mão da alta produtividade.

Ergonomia de conscientização  

A ergonomia de conscientização é voltada para a prática diária de ações visando uma boa ergonomia. 

Por isso, o RH deve planejar atividades de conscientização como palestras, bate-papos, comunicados e alertas para chamar atenção dos colaboradores para se manterem vigilantes quanto à correta ergonomia.

Ergonomia participativa

Além da vigilância diária para usufruir de uma ergonomia melhor, temos o tipo de ergonomia participativa. 

Aqui, o papel de mentoria extrapola o escopo do RH e passa também pelos próprios colaboradores que participam de núcleos de conscientização e requisitam melhorias para si próprios junto à empresa. 

O que diz a NR 17

A ergonomia no trabalho não é algo novo e não surgiu por acaso, é um assunto sério e que conta com uma legislação específica. No Brasil, temos uma Norma Regulamentadora desde 1978. 

A NR 17 estabelece parâmetros para que as empresas adotem uma ergonomia adequada por meio da adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar máximo de conforto e segurança para eles.

Saiba que a maioria das doenças de trabalho — como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), as dores nas costas e as doenças psicossociais — são causadas pela exposição aos riscos ergonômicos diariamente. 

Por isso, a norma define condições para evitar esses tipos de problemas nas empresas. E com esse objetivo, ela vem se adaptando de acordo com as novas demandas do mercado de trabalho. 

Entre as principais abordagens da regra, destacamos a definição de condições para:

  1. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais;
  2. Mobiliário dos postos de trabalho;
  3. Equipamentos dos postos de trabalho;
  4. Condições ambientais de trabalho;
  5. Organização do trabalho;
  6. Manipulação de mercadorias;
  7. Os aspectos psicossociais do trabalho;
  8. Informação e formação dos trabalhadores;
  9. Condições sanitárias de conforto;
  10. Observações às pessoas com deficiência.

Além disso, a Norma Regulamentadora define que:

“17.1.2 Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora”.

Benefícios de investir em ergonomia para a sua empresa

Equipes que contam com ambientes e instrumentos de trabalho mais seguros e confortáveis tendem a desempenhar suas tarefas com muito mais satisfação e engajamento e isso reflete no dia a dia e nos resultados da companhia por meio de:

  • menos ocorrência de trabalhadores doentes por conta de esforço excessivo, estresse, ansiedade, dores da coluna e outros. Isso também contribui para redução do absenteísmo e presenteísmo na organização;
  • mais qualidade de vida dos colaboradores;
  • melhor produtividade diária, pois trabalhador satisfeito tende a entregar mais;
  • reforço da empresa como uma boa marca empregadora na mente dos colaboradores, pois eles se sentem mais valorizados;
  • ambiente de trabalho mais leve e saudável para todos;
  • redução da sinistralidade nos planos de saúde, já que os colaboradores tendem a adoecer menos.

Ergonomia e produtividade no trabalho: como melhorar

Quer dar os primeiros passos rumo à implementação de ações que visam uma boa ergonomia na empresa? Veja como começar:

  1. Crie um comitê formado por colaboradores e pessoas do RH para planejamento de atividades com esse foco;
  2. reveja como estão os mobiliários, as cadeiras, as mesas, a iluminação e todo o espaço de trabalho de cada departamento.  
  3. invista em bons parceiros de serviços de saúde, pois eles ajudarão a oferecer planos, seguros e assistências focados nas necessidades da empresa e dos trabalhadores;
  4. desenvolva ações de promoção da saúde e bem-estar por meio de atividades como ginástica laboral, pausas para relaxamento, massagem durante o expediente e outras de acordo com o perfil da organização; 
  5. ofereça alimentação saudável internamente e estimule os funcionários a adotarem uma dieta balanceada e um estilo de vida saudável;
  6. Dê voz aos colaboradores. Faça pesquisas internas de satisfação e de clima organizacional nesse sentido e entenda as carências e até soluções que podem surgir a partir das ideias do time.

Para encerrar este assunto, tenha sempre em mente que observar a ergonomia no trabalho não é frescura e sim, uma necessidade. 

Somente a partir de um ambiente confortável e saudável em todos os sentidos é que os trabalhadores serão capazes de executar suas atividades com foco no desenvolvimento da organização. 

Uma boa forma de melhorar a ergonomia do seu pessoal é ajudando-os a montar um home office. Leia o nosso e-book gratuito sobre o tema!


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