Saúde emocional do colaborador: como as empresas podem apoiar?

Por

Larissa Reis

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Publicado em

18/10/21

Desde 1994, a sociedade é convidada a participar das reflexões do Setembro Amarelo. Isso inclui as empresas e a saúde emocional do colaborador.

Ficou para trás, há muito tempo, uma realidade em que era aceitável que o foco dos empregadores fosse tão somente na produtividade dos trabalhadores, sem pensar no quanto o contexto profissional influencia isso.

Atualmente, a satisfação, o bem-estar e outros fatores que, embora abstratos, são compreendidos como muito importantes, passaram a ser considerados. Por isso, a saúde emocional no trabalho é um tema tão em voga.

Neste conteúdo você encontra:

O que é saúde emocional?

Para que uma empresa e seu RH saibam o que fazer em prol da sua equipe, antes de qualquer coisa é preciso entender o significado de saúde emocional.

Falamos de “um estado de bem-estar onde o indivíduo realiza suas próprias habilidades, lida com os fatores estressantes normais da vida, trabalha produtivamente e é capaz de contribuir com a sociedade”.

A definição é da OMS ― Organização Mundial da Saúde ― e nos leva à capacidade de lidar com os próprios sentimentos e usar esta habilidade para guiar os próprios pensamentos e ações.

Quando tudo vai bem com a saúde emocional do colaborador, seu desempenho profissional e pessoal também vai bem.

A importância de falar sobre saúde emocional no ambiente corporativo

Na perspectiva das empresas, falar de saúde emocional no trabalho tem uma relevância clara: abrir espaço para criação de um ambiente que favoreça o estado de bem-estar buscado que, por sua vez, favorece o desempenho.

Isso vai ficar claro a seguir. Antes, destacamos que essa conversa precisa acontecer no ambiente corporativo para que possamos tornar este ambiente mais acolhedor e naturalizar questões de saúde emocional.

Muita gente não gosta de misturar vida profissional e pessoal e, de fato, é possível traçar limites; faz bem fazê-lo.

Entretanto, não é positivo que um indivíduo se sinta compelido a fingir que está tudo bem emocionalmente por medo de se comprometer de alguma forma no trabalho.

Com tudo isso, é importante abrir espaço para a saúde emocional do colaborador para:

  • reconhecer que essa questão existe;
  • criar um ambiente mais positivo e acolhedor;
  • prestar apoio para os colaboradores;
  • favorecer o bem-estar que proporciona uma vida mais plena no trabalho e a nível pessoal;
  • manter os colaboradores mais satisfeitos;
  • criar um clima que favoreça a produtividade e as metas.

Esconder questões de saúde emocional ou barrar essa conversa é tudo que trabalhadores e empresas não precisam para resolver eventuais problemas e alcançar seus objetivos na carreira e nos negócios.

Home office e saúde emocional: como lidar?

Uma das atribuições do RH é zelar pelo bom clima organizacional junto às lideranças e equipes. A dinâmica do trabalho remoto apresenta a todos vantagens e novos pontos de atenção.

Há quem sinta muita falta do trabalho presencial e há quem prefira o home office. No momento oportuno, inclusive, sua empresa pode conduzir um estudo interno para saber qual o melhor regime a adotar em cada caso.

Retomando o foco da saúde emocional no trabalho, o desafio recai sobre as lideranças que, por sua vez, podem ser orientadas pelo RH. Confira dicas de como criar um clima mais positivo para os trabalhadores:

Comunicação

A comunicação clara sempre foi uma ferramenta fundamental para os líderes, assim como para a dinâmica das equipes.

Com os trabalhadores em home office, esse contato precisa ser ainda mais transparente para ordenar as tarefas e para checar a situação de cada um no dia a dia.

Para questões simples de trabalho, ferramentas como o Trello ou o Slack podem funcionar bem. Já para apoiar a saúde mental do colaborador, ligações e chamadas de vídeo podem ser os melhores canais, ao menos de tempos em tempos.

Horários e pausas

O home office tem como uma de suas vantagens a praticidade da ausência do tempo de deslocamento entre a casa e o local de trabalho. O mesmo vale para o restaurante e o escritório, por exemplo.

Com isso, pode-se criar a ilusão de que há mais tempo para se dedicar ao trabalho, mas o ideal é que não seja assim. Horários e pausas devem ser respeitados normalmente.

É importante que a empresa saiba como medir a produtividade sem induzir os colaboradores a passarem tempo extra na frente do computador.

As pausas no trabalho presencial, por vezes, são coletivas. Dois ou mais colegas param para um cafézinho, descontraem por um tempo e voltam às suas atividades. Em casa, isso também deve existir.

A própria tecnologia pode ser usada para divulgar comunicações que reforcem a importância de parar e levantar, lanchar e até fazer exercícios de ginástica laboral.

Produtividade

Até quem prefere o trabalho remoto pode ter dificuldades para se concentrar em casa. Assim, é válido compartilhar dicas para manter ou melhorar a produtividade, inclusive considerando a liberdade que o home office permite.

É preciso que fique claro aos trabalhadores que é importante que respondam aos chamados o mais breve possível e que, ao final do dia, cumpram com suas entregas.

Aos poucos, indivíduos e equipes vão aprendendo a gerir melhor o próprio tempo, em excesso. Esse processo ajuda a evitar a ansiedade no trabalho e  favorece a saúde emocional do colaborador.

Empatia

O home office já existe há bastante tempo, embora tenha se tornado mais comum em razão da pandemia. Se lembra de quando, em meados de 2020, compartilhávamos histórias de filhos ou pets que "invadiram" reuniões online?

Situações assim são comuns no trabalho remoto. Mesmo que o profissional tenha um espaço reservado em casa, é um pouco mais difícil afastar a vida pessoal da rotina profissional.

Assim, é crucial que líderes e colegas tenham empatia uns com os outros. Isso evita qualquer sentimento de culpa por ter atrasado para entrar na reunião porque um filho pediu um lanche, por exemplo.

Vale a pena oferecer um benefício de saúde mental para a sua empresa?

Você já sabe que oferecer benefícios em saúde, embora não seja uma determinação da CLT, é uma vantagem competitiva muito positiva.

Um bom plano de saúde ajuda a atrair e reter talentos, bem como confere mais tranquilidade para os profissionais em seu dia a dia. Algo que, por si só, ajuda a manter o emocional bem, favorecendo o bom desempenho.

Acontece que, em geral, os benefícios em questão focam na saúde física. Não há dúvidas de que isso é importante, mas talvez seja preciso ir além.

Um estudo recente da UERJ indica que houve um aumento de 50% nos quadros de depressão e 80% nos casos de ansiedade no país. As incertezas diante de um momento de crise são o principal motivo e isso afeta também quem está empregado.

A saúde emocional do colaborador é influenciada por fatores da vida profissional ― como o relacionamento com a liderança ou a carga de trabalho ―, da vida pessoal e por fatores externos ― como a pandemia e outras crises.

A oferta de um benefício que cobre saúde mental abre as portas para que o trabalhador busque orientação profissional para lidar com suas questões.

Isso contribui para que a preocupação com a saúde mental no trabalho ganhe contornos bem mais reais e tem efeitos positivos para os colaboradores e a própria empresa.

Quer aprender mais sobre como cuidar da saúde emocional dos colaboradores? Confira o e-book sobre estresse e burnout: como manter o ambiente saudável e a produtividade!


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