Como a saúde mental e social impacta na qualidade de vida dos seus colaboradores?

Por

Thiago Liguori

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Thiago Liguori

Publicado em

12/4/21

A saúde social e a saúde mental são algumas das dimensões que influenciam diretamente o estado de bem-estar de um indivíduo, indo além da simples ausência de doenças. 

Segundo Marcel Mauss, um dos principais antropólogos do século XX, seres humanos são seres biopsicossociais. Ou seja, somos compostos por um campo biológico, psicológico e social que são igualmente importantes para uma vida plena.

O próprio conceito de saúde da OMS já está relacionado a uma visão integral, que considera aspectos mais gerais — não apenas corpo e mente — como também os hábitos, o ambiente e a sociedade.

No contexto organizacional, a promoção da saúde é essencial para que o trabalhador tenha a capacidade necessária de executar suas habilidades de forma produtiva e saudável.

A empresa que investe no bem-estar corporativo promove não só qualidade de vida para seus colaboradores, como também investe no crescimento pessoal e amadurecimento emocional das suas equipes em geral.

Mas como a saúde social e a saúde mental impactam a qualidade de vida e desempenho dos colaboradores? Como lidar com esses desafios e ainda cuidar de maneira integral da equipe, considerando a retenção de talentos e a melhoria do clima organizacional

Para responder estes e outros questionamentos, preparamos este artigo. Continue a leitura!

A importância do olhar integral para a saúde dos colaboradores 

No ano de sua criação, em 1948, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu o conceito de saúde aceito e adotado em quase todo o mundo como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. 

De acordo com a agência especializada, essa é a concepção ampliada de saúde que deve ser considerada, mas não para por aí: a saúde também pode ser financeira, intelectual, ocupacional, ambiental e até espiritual.

Isso porque o ser humano tem necessidades complexas e seu equilíbrio depende de vários aspectos, que devem estar em harmonia para uma existência plena e realizada. 

No entanto, vamos destacar neste artigo as três dimensões da saúde que impactam diretamente na qualidade de vida dos colaboradores de uma empresa. Para compreender o que elas envolvem, acompanhe os tópicos a seguir!

Saúde social

Está relacionada à capacidade de o indivíduo interagir com outras pessoas e conseguir prosperar em ambientes sociais. É a manutenção das relações saudáveis que dependem também do aspecto cultural da sociedade onde o indivíduo está inserido e não somente do próprio círculo de convivência. 

Saúde mental

Segundo a OMS, não existe uma definição oficial para saúde mental. As diferenças culturais, teorias concorrentes e julgamentos subjetivos afetam a forma que ela é definida. Entretanto, “qualidade de vida emocional e cognitiva de um indivíduo” é a definição mais utilizada e diz respeito ao equilíbrio entre emoções e sentimentos diante dos desafios, conflitos, mudanças e demais eventos ao longo da vida. 

Saúde física

A saúde física engloba a condição geral do corpo em relação às doenças e ao vigor físico. É a dimensão mais básica do bem-estar humano, representada por um corpo em pleno funcionamento — saudável, livre de doenças e ativo. 

Como a saúde social afeta o desempenho no trabalho e a qualidade de vida?

A saúde social de todas as pessoas que trabalharam em home office nos últimos anos foi profundamente abalada. 

Apesar de suas inúmeras vantagens, reduzir o convívio com outras pessoas de maneira compulsória gera consequências como: ansiedade social e dificuldade de socialização, que aumentam o estresse na mesma medida em que o bem-estar no trabalho vai diminuindo. 

Como cada um viveu na sua bolha durante esse tempo, pode haver mais conflitos nos relacionamentos de trabalho e ruídos na comunicação. Ao mesmo tempo, a ausência de estímulos deixa o cérebro preguiçoso e, por isso, a produtividade pode ser diminuída no começo. 

A boa notícia é que a recuperação de tudo isso, na maior parte das vezes,  é só uma questão de prática! Com o tempo e ajuda do RH com exercícios como dinâmicas de grupo, ressocialização gradual (como adotar uma jornada híbrida) e até encontros fora do ambiente de trabalho, o cenário tende a ficar melhor do que estava na pandemia. 

Isso porque a saúde social nunca foi algo que o RH precisou se preocupar em oferecer soluções como agora. 

E a saúde mental?

Sabemos que o local de maior estresse para a maioria das pessoas é o ambiente de trabalho. Frequentemente, profissionais são atingidos por cobranças de resultados, cumprimento de metas agressivas, relações mal resolvidas com lideranças e colegas de trabalho e, até mesmo, autocobrança para obter cada vez mais sucesso.

A pesquisa "Saúde mental dos brasileiros no pós-pandemia" revelou que 72% dos trabalhadores mudariam de emprego caso a empresa tivesse programas voltados para a saúde mental

A saúde mental no trabalho é importante para que as pessoas não ultrapassem seus limites e adoeçam. Ao proporcionar qualidade de vida laboral, o desempenho dos colaboradores nas atividades passa a melhorar, e por consequência, ocorre a redução da desmotivação, do estresse e dos índices de insatisfação com o trabalho. 

Logo, ao reduzir os aspectos negativos, é provável que a saúde mental dos colaboradores também melhore.

Por isso, é fundamental acompanhar a equipe de perto, avaliando seu bem-estar, além das questões pessoais, emocionais, físicas e sociais. Com os resultados da análise em mãos, é hora de promover ações pontuais e recorrentes para amenizar riscos conforme as situações vigentes. 

Identificando os primeiros passos para a empresa apoiar a saúde da equipe

A grande meta, aqui, deve ser desenvolver uma cultura organizacional saudável. É importante despertar em cada um e na maioria a consciência da importância de se conquistar e manter mais qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Para esse fim, algumas medidas podem ser implementadas nos setores de segurança no trabalho e RH considerando a natureza das atividades desenvolvidas.

Entenda a realidade dos seus colaboradores

Antes de tudo, é preciso conhecer, de fato, os problemas vivenciados dentro da empresa. Quais são os principais desafios enfrentados? Quais as principais queixas e doenças reportadas pelos colaboradores? Existem acidentes de trabalho? São recorrentes?

Essa análise é fundamental para conhecer o real cenário e saber o que pode prejudicar os resultados da empresa e a saúde e qualidade de vida dos funcionários. Com base nas informações e nos dados levantados, é possível definir quais são os objetivos pretendidos com o programa que será implementado. 

O intuito é aumentar a produtividade, promover engajamento, reduzir o número de faltas ou impactar na sinistralidade? Tenha isso em mente e garanta que as melhores decisões sejam tomadas!

Incentive a prática de exercícios físicos

A prática regular de atividades físicas melhora o condicionamento físico, previne doenças, ajuda a manter o peso corporal adequado, entre outros benefícios. Portanto, incentivá-la é um grande auxílio para promover a saúde e qualidade de vida do funcionário.

Existem diversos programas de incentivo que envolvem ações (perenes ou pontuais) para a realização de atividades físicas, independentemente da modalidade escolhida. Entre as opções que podem ser implementadas, estão:

  • pilates e yoga — ajudam a melhorar a postura corporal e a concentração no trabalho;
  • danças — estimulam todo o corpo;
  • treinamento funcional — promove fortalecimento muscular;
  • ginástica laboral — previne dores, lesões e o surgimento de doenças ocupacionais;
  • meditação e mindfulness — práticas que tornam a mente mais desperta e saudável.

Ofereça um programa de saúde mental

Outro ponto fundamental é entender que o problema da saúde mental não vem apenas no trabalho — é impossível desvincular completamente os problemas da vida pessoal e profissional. Contudo, a empresa tem um papel importante diante desse cenário, propondo intervenções como parte de uma estratégia integrada de qualidade de vida e bem-estar. 

Assim, os fatores de risco são mitigados, contribuindo para que os colaboradores estejam em dia com as suas capacidades físicas e mentais para a realização de suas tarefas.

Crie um canal de comunicação para isso

Um canal aberto, com diálogos constantes e interação entre os profissionais da empresa, pode contribuir para aliviar a pressão do dia a dia no trabalho e tornar as relações mais empáticas

Todos — empregador, equipe, gestores e líderes — têm um papel importante nas ações preventivas para evitar problemas de saúde e no desenvolvimento de medidas de controle do ritmo de trabalho, sempre pensando em metas alcançáveis em tempo hábil.

Ainda que a saúde social e mental sejam individuais, promover um ambiente favorável à sua promoção é uma tarefa coletiva e parte fundamental para a qualidade de vida do ser humano. 

Investir em programas de prevenção e promoção da qualidade de vida também demonstra o interesse da companhia em alcançar seus objetivos e metas, sem deixar de lado os cuidados com o bem-estar corporativo. 

Crie um programa para melhorar o cenário 

Como já falamos, uma das maneiras de contribuir ativamente para a saúde social e mental dos colaboradores - e, consequentemente, com toda a empresa - é criando ações e programas para ajudar a desenvolver esses aspectos. 

Vamos saber como criar e executá-los?

Defina os objetivos 

Para começar, é importante pensar nos objetivos que vão guiar o programa: 

  • Redução de afastamentos e absenteísmo?
  • Aumento da produtividade?
  • Melhorar as relações interpessoais e o clima organizacional? 
  • Impulsionar a motivação e o engajamento?

Avalie qual faz mais sentido para as questões da sua empresa, assim como o que pode ter o melhor custo/benefício. 

Além disso, se a situação for mais urgente, avalie quais podem ser implementados de maneira mais rápida sem que isso signifique agir de maneira descuidada.

Analise os riscos

Empresas de nichos diferentes e que trabalham com públicos também diferentes apresentam riscos diversos à saúde social, mental e física dos colaboradores. 

Isso precisa ser considerado de maneira honesta para chegar à raiz do problema. Para tal, é interessante que haja conversas com as lideranças e os colaboradores. Diante do máximo de informações possíveis sobre os riscos, você consegue desenhar mais uma etapa do programa.

Mas caso você esteja com dificuldades, é importante saber que existem pessoas e empresas especializadas que podem te auxiliar no processo. Só mantenha a calma e continue!

Mapeie as necessidades dos colaboradores 

Mais uma vez, para que um programa realmente eficaz seja criado, é preciso que ele seja personalizado segundo as necessidades dos colaboradores da sua empresa. Principalmente depois de dois anos de isolamento social, um fenômeno que impactou todas as pessoas e gerou diferentes consequências na sua saúde.

Além de ter um canal de comunicação que garanta esse espaço de apoio, você pode formular questionários para saber questões mais específicas. 

É importante que as respostas desses questionários sejam anônimas, respeitando a LGPD, inclusive porque isso ajuda-os a sentirem-se à vontade para falar de maneira mais aberta sobre as questões que têm afetado  sua saúde mental e social. 

Veja as perguntas criadas neste questionário de saúde mental e insira perguntas relacionadas à saúde social para montar o seu. 

Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Caso queira saber como cuidar da saúde mental dos seus colaboradores, baixe nosso e-book sobre o assunto!

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